quinta-feira, abril 25 2024

Por Davi Garcia

[com spoilers dos eps. 8×11, 8×12 e 8×13] Tal qual um paciente doente e em estado terminal que apresenta melhora clínica pouco antes de morrer, House teve 3 bons episódios desde o anúncio de seu cancelamento. Dito isso, ainda que não tenhamos visto a série apresentando alguma coisa extraordinária que nos fizesse desejar seu ‘descancelamento’, é justo reconhecer que os 3 episódios mais recentes trouxeram um pouco daqueles elementos que justificam o sucesso e a popularidade que a série alcançou mundo afora. Assim, no “Nobody’s Fault” (ep. 8×11) pudemos ver a experimentação de uma dinâmica que, num tom quase documental (reforçado por uma fotografia diferente do padrão da série), trabalhou com a perspectiva da equipe em torno de um evento violento que acabou colocando a vida de Chase em risco e que mostrava House, vejam só, confrontando um estado emocional de arrependimento. Já “Chase” (ep. 8×12) que, como o título indica, deu foco ao membro mais antigo do time de House, proporcionou ao personagem uma boa história refletida no breve envolvimento que teve com uma paciente e que o fez encarar, de forma indireta, que a razão de House, por mais fria que seja,  ainda poderia exercer um papel mais positivo do que negativo para ele.  Por fim, “Man of the House” (ep 8×13) trouxe o curioso caso de um paciente que defendia a ideia de que a evolução dos homens residiria no fato deles agirem e pensarem mais como as mulheres, mas que acabava encarando um dilema: o que te faz melhor (menos testosterona na situação dele), também pode te matar. Além disso, o episódio também revisitou o casamento de fachada de House com Dominika em situações divertidas (vide o flagrante dado pelo agente da imigração), desenvolvendo não apenas um cenário que poderia representar um risco à própria liberdade do médico, bem como a chance de o vermos reavaliando o que aquele relacionamento fake poderia lhe render. Como mencionei no início, nada de espetacular aconteceu nesses três episódios, mas se eles servirem de parâmetro para os 9 restantes da série, a possibilidade de termos uma boa despedida de House, felizmente, existe.

3 comments

  1. Como comentado aqui no blog por vcs, ter a liberdade de criar deu um suspiro no combalido e visto o epi 11 mostrou bem isso.

    [ ]s

  2. Tava na hora dessa temporada dar uma animada né… Só não gostei do 8×11 apesar de ter visto pessoas falarem muito bem do episódio, me decepcionou.
    Em G.A já tinha aparecido um episódio nesse formato, e foi muito melhor explorado do que em House, por isso o desfecho me deixou frustrada.
    Já o 8×12 e 8×13 realmente deram uma animada. Os casos tão bem monótonos, mas a relação entre o House e os outros personagens tá ficando melhor

  3. Mari, nunca achei que o problema fosse a interação entre os personagens, coisa que até sempre foi bem desenvolvida, mas o que acontece muito é os roteiristas criarem ‘arcos’ de histórias e estas que sempre voltavam para onde havia começado. Só lembrar os vários arcos que permeiam as temporadas e como tudo voltava a estaca zero ou como diria Carla Perez, um giro de 360o na vida.

    [ ]s

Deixe um comentário