quinta-feira, abril 18 2024

Drama sci fi retornou na última sexta-feira, dia 28, nos EUA

[com spoilers do episódio 5×01] Criar expectativas é realmente uma armadilha traiçoeira. Quem acompanha meus posts sobre Fringe aqui no Ligado, sabe o quanto eu gosto da série, por isso é triste dizer que o episódio que marcou de forma oficial o início do fim da série tenha sido apenas bom. Sim, é verdade que Transilience Thought Unifier Model-11 foi eficiente no que tange à rápida reintrodução dos personagens centrais da série naquele futuro sombrio que já havíamos visto no ótimo Letters of Transit da 4ª temporada, mas também é verdade (pelo menos para mim) que ficou faltando uma faísca que de fato pudesse (1) render um momento emocional mais marcante em torno da reunião dos Bishops (a cena em que Olivia reencontra a filha já adulta, por exemplo, ficou bem insossa) e (2) criar uma atmosfera mais intrigante em torno do conflito que sustentará o arco derradeiro da série.

No ano 2036 de Fringe, Olivia e Peter (com um pequeno conflito do passado a expurgar) surgem como coadjuvantes; nozes valem mais que ouro e ovo em palito(!) é um petisco tão bizarro que nem mesmo Walter, o maior fã de sanduíche de pasta de amendoim com bacon, aprova. O mesmo Walter aliás, consideradas as indicações deste episódio, assume de vez um papel central no desenvolvimento da trama ao perder, depois do breve e torturante confronto psicológico que experimenta com o Observador chefe, o plano que fora ‘encriptado’ em seu cérebro por September. E é aqui que esse início da temporada final de Fringe derrapa ao criar um dilema (Walter vai se lembrar do tal plano eventualmente?) que, à primeira vista, empalidece frente os grandes temas que a série plantou ao longo de seus 87 episódios anteriores e que colocavam tanto Olivia quanto Peter como pessoas com capacidades especiais e que agora parecem ignoradas. Nesse contexto, é claro que dá para dizer que os próximos eventos podem apagar essa sensação ao mostrar – como a metáfora da cena final aponta -, que terra seca pode sim produzir vida e que Walter acabará sendo o (merecidamente) grande herói da história, mas por enquanto o sentimento que fica para a continuidade positiva da trama é reflexo do glyphcode do episódio que aponta para uma grande e perigosa dúvida.

Outras questões/observações:

– Qual o simbolismo daquela bala que Etta carrega no cordão?

– Onde foi parar toda aqueles elementos mitológicos construídos pelas temporadas anteriores como, por exemplo, o que envolve a suposta ligação de Walter com as Primeiras Pessoas?

– Com a indicação de que os Observadores são vulneráveis ao oxigênio, parece óbvio que o tal plano perdido na cabeça de Walter envolva alguma ação em torno disso, não?

– Afinal, por que os Observadores querem dizimar a humanidade massacrando-a aos poucos de forma tirânica?

24 comments

  1. Não concordo. Para mim, Walter sempre foi a resposta para tudo. Olivia podia ter “poderes” e um deles eram o ótimo faro investigativo, mas era Walter que sabia disso e a guiava, ja Peter nunca teve “Poderes”, ele era um fator importante na 3º e 4º temp. por causa do arco que era desenvolvido nelas, mas com o fim dele, Peter voltou a ser o filho babá da primeira temporada. ( agora sem grandes responsabilidads, ja que Walter não precisa mais de uma). Então acho que com o atual arco, Walter vai ser importante pq o personagem, desde da primeira temporada, demonstrou capacidade para resolver.

  2. Ahh e gostei bastante do 5×01. Foi um episodio rápido e esclarecedor, não há mais tempo para barrigas, ja que é muita historia para pouca temporada. Por isso acredito que esa questão do Walter vai ser resolvida logo. Vai vê que a musica do fim do ep. ja restabeleceu tudo, afinal o Walter disse, na tortura, que a musica tinha poderes de organizar a mente, algo assim.

  3. Discordo de vários pontos. Primeiro, Walter SEMPRE foi a chave da história, desde o piloto isso está bem claro. Sobre o reencontro de Olivia com Etta, ela nunca conseguiu demonstrar emoções com facilidade, isso também é muito claro durante TODA A SÉRIE. Ela acorda com seus 30 e poucos anos e reencontra a filha que “perdeu” quando tinha apenas 3 anos, já adulta (e com poucos anos de diferença para a idade da Olivia), e vocês queriam o que? Seria estranho se ela chorasse de emoção, isso sim. Sobre a observação da ligação do Walter com as Primeiras Pessoas, isso já foi resolvido quando descobriram a função da Máquina.

  4. O episódio foi bem bom, mas, o que faltou foi a trilha sonora que era marcante nas temporadas anteriores e nesse episódio não teve tanto impacto. É claro que estava lá, mas não foi tão marcante quanto costumava ser.

  5. Uma observação importante – não sei se isso já foi abordado. No começo da série, Peter foi pintado como um cara “fora da lei”, que pregava golpes pelo mundo. Depois, virou o mocinho da parada, sem nenhuma justificativa plausível. Esse traço da personalidade de Peter foi abandonado totalmente, e, no lugar, surgiu essa benevolência da personagem. Aquele sorriso de bom rapaz.

    Quanto ao primeiro episódio da última temporada, é normal querermos mais emoção no encontro da Olívia com a filha, mas, na minha percepção, a falta de sal não foi uma falha, acredito que a cena foi fiel ao espírito da Olívia, uma personagem que não é lá a mais emotiva.

  6. Obrigado, Davi, estava achando que era o único que estranhou esse retorno de Fringe, mas enfim alguém concordou comigo. Eu fiquei tentando, em vão, me identificar e me aproximar dos personagens. As cenas (especialmente a do reencontro de Olivia e Etta) não tiveram muito impacto pra mim, achei tudo meio frio e distante. Seria de se esperar que a dinâmica dos personagens com esse “novo mundo” fosse de extrema estranheza mesmo, mas TUDO está diferente, desde o universo que ambienta a série até a relação entre os próprios personagens.

    Muita coisa aconteceu desde o desaparecimento de Etta e o “congelamento” em âmbar, e os personagens parecem numa constante “mina de ovos”. Tudo está bizarramente alterado, o que não seria problema se eu notasse o estabelecimento de um “norte”, algo para me apoiar e tomar como uma base mais firme, e foi exatamente a ausência disso que afastou minha identificação desse episódio.

    Se a intenção do episódio foi me fazer sentir totalmente desolado, assim como os personagens, eles acertaram, porque a meu sentimento por tudo isso foi exatamente esse.

  7. Também achei o episódio bem morninho… O que é uma pena, porque sou muito fã da série. A meu ver, um dos pontos que mais reforçam isso é a interpretação do Joshua. Infelizmente, a atuação dele sempre me pareceu bastante regular e, nas cenas emotivas, isso se evidencia muito. Soma-se a isso o fato de a Olivia ser uma personagem mais contida… O resultado final acaba não sendo muito bom mesmo. Mas, enfim, talvez seja só o primeiro episódio. A série merece o nosso crédito pelo menos até a metade da temporada para tentar botar a coisa nos eixos. Aguardemos.

  8. Davi, sobre algumas de suas dúvidas:
    – A bala que Etta carrega é a bala que matou Olivia no episódio final da 4ª temporada. Até a deformidade dela é igual aquela, então acho que é a mesma.
    – Sobre as primeiras pessoas, isso já foi explicado no final da 3ª temporada, quando se passa também no futuro (um dos possíveis futuros, né), que são eles mesmos. Walter e companhia criaram a máquina e a história das primeiras pessoas e mandaram para o passado em uma fenda no espaço-tempo formada pela destruição dos universos para que eles consertassem o estrago nos dois universos. Eles mesmo criaram essa história.
    As outras duas questões só serão respondidas ao longo da temporada.
    Sobre Peter e Olivia serem deixados de lado, eles já foram sempre a peça chave da história, mas Walter também, já que foi sempre ele que teve ligação com Setembro. Nada mais justo num mundo tomado por Observadores ele ser a peça chave. Mas acho que teremos as respostas ainda da importância de Peter e Olivia no resto da história. Assim espero.
    Sobre os reencontros, achei normal a reação da Olivia, e ainda temi por uma rejeição dela pela filha, mas foi só um estranhamento dela. E ela sempre foi mais fria que o Peter. Aliás, falaram nos comentários do Peter Bad Boy no começo da série, mas isso nada mais era que um escape dele, já que a mãe dele se matou e o pai estava internado numa clínica psiquiatrica. Se lembrar bem, ele foi mudando conforme foi conhecendo e aceitando o Walter.

  9. A serie é otima, tem muita coisa pra responder e poucos episódios para isso, deu pra perceber que eles estão correndo com muita coisa, isso eh uma serie e não um se vira nos 30’s.

  10. Verdade, Carlos. A reviravolta no humor do Peter, foi, sim, devido ao estreitamento na relaçao entre ele e Wlater e, além disso, do amor pela Olívia. Mas, ainda assim, foi uma “conversão” e tanto.

  11. Como assim o encontro de Olivia com Etta foi insosso?? Imagina você sendo mãe de uma menina, se separa dela e 20 anos depois encontra a menina de 3 anos adulta, claro que ia ficar meio estranho, e como a Olivia é a personagem mais fria ela demorou um pouco pra cair a ficha e aproveitar a filha, não foi igual ao Peter que abraçou alegremente a filha, porque ele passou por uma depressão procurando a filha enquanto Olivia ia salvar o mundo dos Obervadores.

  12. Discordo com sua crítica ao episódio… Achei ele excelente! Os personagens agiram de forma esperada e de acordo com suas personalidades, como muitos ressaltaram aqui nos comentários.
    E também temos que lembrar que a série não é feita somente para os fãs viciados como nós, ou pelo menos a maioria dos leitores do site. A série tem que atualizar toda a situação para quem não está acompanhando cada vídeo que eles divulgam. Talvez muitos acharam “batido” pq já sabiam o que esperar dessa nova temporada. O episódio teve a função de situar a trama e mostrar o que está acontecendo, que, aliás, foi uma ótima introdução ao futuro e Etta, além de apontar o conflito principal.
    Os criadores de Fringe já comentaram que queriam fazer uma série sobre um cientista maluco, Walter sempre foi o personagem central de todo o quebra-cabeça criado. Ele só não era o principal pq não tinha conflito pessoal suficiente para liderar a série. Peter não é mais o mesmo “bad boy” do episódio piloto pq ele já viveu muita coisa e cresceu como pessoa. Ainda bem, pq o que o Ligado em Série mais critica são séries que não desenvolvem personagens…
    Criar expectativas é sim o maior mal que podemos fazer a nós mesmos. Não tem como exigir um super retorno da série sendo que nós já imaginamos tudo, na verdade se fosse exatamente do jeito que queríamos com todas as respostas que queremos ouvir, a série não teria a menor graça e seria super previsível E Fringe passa longe de previsível…
    É preciso aproveitar a série no nosso cargo de espectador e curtir o que eles nos oferecem, sem sermos duros demais. Talvez estejamos exigindo demais da série e nos esquecendo como que mante-la é difícil principalmente com tantos fãs como nós, exigentes que beiram à impiedade.

  13. ESTE SITE É EXCELENTE EM QUESTÃO DE INFORMAÇÕES MAIS ESSAS OPINIOES DE VOCES HEIN, AS VEZES DA IMPRESSAO QUE VOCES FALAM MERDA SÓ PARA TER ACESSOS ARGUMENTANDO COM VOCES, LAMENTAVEL!

  14. Achei o episódio meia-boca também. Não chega a ser ruim, mas não chega a ser bom.

    O que me preocupa para resto da temporada é que, parece ao menos, que agora se tem somente um foco, acabar com os Observadores. Então vai se perder muito, ou tudo, do que tinha de legal no caso da semana.

    Eu não gosto de séries a la Lost, 2 minutos de avanço na história e 40 de flashback enrolador, mas Fringe tinha atingido uma bela fórmula com episódios de “monstro da semana” que ainda assim somavam ao andamento da história principal.

    E algumas coisas me incomodaram:

    -Os observadores deixaram de poder ver todos os futuros possíveis? Além de poder atravessar paredes, perderam todos os outros poderes (Inexplicados aliás, já que são somente humanos do futuro). Agora são facilmente mortos.

    -Até acho legal se inspirar na estética nazista já que são opressores, mas puts, os uniformes dos “soldados observadores” está igual. Fica deslocado no tempo.

    O ponto alto do episódio e da temporada acho que vai ser mesmo a Etta. Que menina linda. Existem mulheres muito mais bonitas por aí, mas acho que a expressão dela de órfã tristinha, não sei, algo me faz achar ela sensacional. Tomara que depois da série continue na TV.

  15. de boa, o Davi Garcia só sabe era babar ovo de Lost mesmo… por mais terrivel e idiotas que alguns episodios/respostas eram ele sempre achava alguma maneira de torna-los plausiveis e enganar a si mesmo… resenhando outras series ele só sabe desdenhar mesmo..

  16. Tirando o lance das “primeiras pessoas”, que acho que já foi explicado, concordo com tudo. Já tinha comentado num post antes desse que achei “morno” o episódio. Mas ainda acredito que a coisa engrene a partir de hoje.

  17. Geralmente eu concordo com tudo que você posta aqui. Mesmo sendo uma leitora calada. Mas dessa vez eu tenho que comentar porque discordei muuuuuuuuuuuuito. Eu achei extremamente empolgante. Até um pouco eletrizante. Passei todo o episódio na expectativa do que aconteceria com o Walter. E sem contar nas grandes respostas…
    Acho que as primeiras pessoas já foi. Já é passado na série. O mistério era quem eles eram. Descobri: Peter e Walter. Eu só queria saber a ligação daquele cara do boliche com isso. Fora isso, você nem comentou dos glyphs durante o epsódio. Por exemplo quando o Walter está no carro, na cena final, pendurado do espelho, tem um cavalo marinho. Em duas outras cenas aparecem borboletas.
    Acho que faltou você comentar de muitas coisas. Parece-me que você está extremamente entediado e decepcionado com a série. Não te julgo, pois também estava, mas agora voltei a ficara encantada.
    E para finalizar: foi uma linda cena final. Uma flor, indefesa, que nasce no meio do cimento em condições climáticas desfavoráveis é para um homem sem esperança, do mesmo modo, que uma tulipa branca, que aparece fora de época e de uma maneira inesperada, é para um homem em busca de perdão.

  18. Discordo em partes com você Davi. Não achei morna a estréia, achei um bom episódio (de quatro estrelas haha). E concordando com o comentário do Carlos, as suas duas primeiras perguntas já foram respondidas (a das primeiras pessoas de forma explícita e a da bala de forma implícita). O que realmente concordo com você foi a reação morna que a Olivia teve ao encontrar a Etta, aliás, um vacilo da Anna Torv que vinha fazendo ótimas interpretações, foi a parte tosca do episódio, mas sem dá spoilers, ela meio que encontra o tom no segundo episódio. Eu acho que seria meio forçado colocar a Olívia e o Peter abafando geral, até porque existe muitas coisas que evidentemente ficaram perdidas, principalmente no relacionamento deles, isso ficou bem claro nesse 1º episódio. Acho que com o decorrer da temporada as coisas vão engrenar, vamos aguardar sem stress.

  19. O que mais me incomoda é a mudança de formato: gostava dos casos semanais ligados a um arco de mitologia. Outra coisa irritante é que essa temporada final parece outra série ignorando muita coisa do passado (com exceção dos observers..). Por fim, o mais irritante é essa historia de bem x mal que eu não acho legal de assistir, deixa tudo previsível… a não ser que tenha uma reviravolta interessante nos próximo episódios vai ser um saco essa temporada.

  20. Davi, a bala no pescoço de Etta simboliza a inevitabilidade de certos eventos. September disse a Olivia que ‘in all possible futures you die”. A mensagem é que determinados eventos não podem ser mudados, não importa o quanto se tente mudar. É a velha discussão livre arbítrio x destino! Pode esperar que, no fim da série, a Olivia vai morrer! (ou não)……

  21. Eu acho que me perdi em algum lugar, mas qual o episodio que Walter recebe as partes do cérebro novamente ?

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