Kevin Spacey colocou a Netflix, a MRC e House of Cards numa péssima situação com as alegações de assédio iniciadas por Anthony Rapp (Star Trek: DIscovery). Por um lado, a série mais antiga do serviço de streaming precisa concluir sua trama iniciada em 2012 com a já anunciada 6ª e última temporada anunciada. Contando com mais de 300 funcionários e com as filmagens do sexto ano já iniciadas, encerrar a série agora poderia gerar prejuízos milionários. Por outro, ainda que a série tenha o problemático ator como protagonista, não podem mais continuar associados a ele.
A saída cogitada pelos produtores, segundo reportou a Variety, é matar Frank Underwood e continuar a série com foco na personagem Claire, interpretada por Robin Wright, e em figuras secundárias como Doug Stamper, interpretado por Michael Kelly. A decisão final ainda não foi tomada.
As discussões sobre o destino da série incluem ainda ampliar o universo da produção através de spin-offs. Ontem a CNN publicou um devastador relato de múltiplos empregados da série sobre o comportamento “tóxico e predatório” de Kevin Spacey desde a 1ª temporada.
A MRC, que diretamente produz a série, sabia de pelo menos um caso de assédio envolvendo Kevin Spacey, conforme comunicado oficial.
Parece que muita gente sabia. Muita gente sempre soube. Mas como muita gente ganhava dinheiro, fingia que não via.
Agora é essa debandada de empresas e pessoas tentando se descolar da imagem do Spacey desesperadamente.