quinta-feira, março 28 2024

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Netflix, a maior responsável pelo gasto de banda de Internet nos EUA e em boa parte dos países em que opera – superando até o tráfego do YouTube – declarou guerra ao limite de Internet imposto por operadoras. A empresa montou um pesadíssimo lobby para tentar convencer a FCC (a Anatel norte-americana) que a prática de limite de dados é ilegal.

O problema nos EUA é maior que no Brasil, já que lá as operadoras podem limitar o tráfego de serviços que operam over the top, ou seja, em cima de uma infraestrutura que não é própria, como Netflix, Spotify, YouTube, Amazon e outros.

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As operadoras querem que a gigante do streaming pague para usar a infraestrutura de rede, já que é uma das principais responsáveis pelo afogamento na transferência de megabytes entre as teles e o consumidor. No Brasil, felizmente, o Marco Civil da Internet não permite que operadoras façam esse tipo de restrição segmentada, graças ao princípio da neutralidade da rede.

Isso não impede, contudo, que os limites de consumo sejam impostos aos assinantes, como já vem acontecendo com novos contratos (por enquanto a aplicação da medida está suspensa até melhor regulamentação federal).

Lado outro, assim como aconteceu com a LiveTIM e outras operadoras locais no Brasil, algumas operadoras estadunidenses como a Comcast aumentaram o limite de banda, fato que foi celebrado por Reed Hastings, o chefão da Netflix. Infelizmente não são todas as operadoras que fazem isso e a briga de gigantes ainda promete muitas reviravoltas. Quem perde, sempre, é o consumidor.

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