quinta-feira, março 28 2024

exorcist

Dentre as novidades da fall season 2016 (cujo início é tema dessa edição do Ligadocast), algumas séries apostaram em marcas já estabelecidas, afinal é certamente mais fácil atrair, pelo menos num primeiro momento, a atenção do público em geral na concorrida programação da TV se a produção X, Y ou Z for um remake ou reboot de um filme ou mesmo de outra série mais antiga. Nesse contexto, uma das séries que faz parte dessa onda é The Exorcist, baseada no clássico e excelente filme de 1973 dirigido por William Friedkin.

Vendida por seus produtores como uma obra apenas levemente inspirada no filme homônimo, a série começa trôpega com um elenco (cujo grande destaque é o ator Ben Daniels com seu padre rebelde Marcus Keane) que faz o que pode para tentar dar algum peso ao apenas razoável roteiro de uma trama que traz pouca novidade ao gênero que explora e que de fato guarda um grande distanciamento em relação ao filme.

Isso, contudo, muda radicalmente a partir do quinto episódio. E não porque a série de repente tenha ficado ótima e resolvido todos os seus problemas, mas sim porque a história finalmente parece ter engrenado e principalmente porque jogou por terra aquele papinho furado de que ela seria apenas levemente inspirada no filme. (O que por si só já deixa um recado bem claro: nunca acredite em tudo que produtores dizem sobre suas séries)

Caso você ainda não tenha visto o quinto episódio ou mesmo nenhum da série até aqui (eu te entendo, acredite), saiba que comentarei agora o que foi a grande virada na trama, portanto esteja avisado do spoiler.

Pois bem, nesse quinto episódio – que é quase todo centrado na sessão de exorcismo (que de fato rende alguns bons sustos) envolvendo uma das filhas da personagem de Geena Davis – os instantes finais trazem o grande plot twist da série: ela não é apenas inspirada no universo do filme de 73, mas sim uma sequência direta daquela história. A surpresa surge numa confissão da personagem de Geena Davis ao padre Tomas, quando ela revela que seu verdadeiro nome não é Angela Rance, a mãe de família que a série nos apresentou, mas sim Regan MacNeil, que era justamente a garota possuída pelo demônio no filme original.

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Se a série vai genuinamente melhorar a partir dessa virada só o tempo dirá, mas não dá para negar que é curiosa a ideia de ver porque a Regan adulta segue sendo atormentada pelo demônio e o que a chegada de sua mãe (que também estava no filme original e surge na série numa imagem que faz referência direta e óbvia ao clássico de 73) trará para o desenvolvimento dessa história. Apostas?

The Exorcist é exibida pelo FX toda sexta-feira à meia noite.

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