sexta-feira, abril 12 2024

Glee (1×21: Funk; 1×22: Journey): Glee iniciou sua 1ª temporada de forma até promissora, mas seu desempenho foi bastante prejudicado pelo excesso de divulgação, cultuação, dublagens e pela falta de uma estrutura narrativa coerente. O penúltimo episódio, Funk, foi um bom exemplo disso. O capítulo transcorreu limitando-se a repetir a expressão “funk” a cada diálogo, denotando a falta de um roteiro sólido sustendando-o. Afinal, no 45º minuto do 2º tempo a série resolveu abordar a competição entre os corais escolares, que há muito tempo estava de lado. Mesmo assim, não tivemos nenhuma preparação ou um arco narrativo decente para adentrarmos ao capítulo final com a disputa pelos Regionals. E mais uma vez Glee optou pela desconstrução de personagens na tentativa de fazer graça criando aqueles ilógicos momentos entre Will e Sue, enfraquecendo um dos poucos aspectos da série que funciona, que é a rivalidade entre os dois. Já Journey focou grande parte da atenção em Quinn e no nascimento de seu bebê, sendo que a própria série havia relegado a história da jovem mãe a segundo plano desde o retorno no mid season. Isso sem contar na situação de Rachel e sua mãe que, além de mal apresentada, sequer foi satisfatoriamente concluída. No final, a comédia musical resolveu apelar para a emoção barata para encerrar o ano escondendo suas diversas falhas. Cansei de ler comentários sobre como foi um final “tocante, emocionante” etc. – e pode até ter sido -, mas no geral esta foi uma temporada de estreia fraca, sustentada apenas pelo hype, ainda que seus defensores digam que é “pura diversão” ou que não é pra “ser levada à sério”. Glee agora não é mais novidade, por isso quero muito ver como farão para sobreviver mais duas temporadas inteiras subestimando a inteligência do público desta forma.

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