quinta-feira, abril 18 2024

[com spoilers do episódio 4×20]Nossa vida é o que nossos pensamentos fazem dela.” A frase do imperador romano Marco Aurélio que Walternativo menciona numa das melhores (e mais emocionantes) cenas de “Worlds Apart” (alô Academia de TV, não ignore o trabalho do John Noble esse ano!), resume, em alguns aspectos, parte daquilo que a linha temporal reescrita representou para os personagens e seus universos nesta 4ª e penúltima temporada de Fringe. De certa maneira, era como se os eventos que conduziram a história da série até o ‘sacrifício’ de Peter e seu breve desaparecimento, refletissem o estado das coisas que pioram antes de melhorar. Assim, é curioso notar que se na temporada passada víamos os dois universos em conflito (por conta do desejo de vingança de Walternativo), a atual criou um cenário de cooperação e consequente cura do lado B que só foi possível por conta da mudança de perspectiva daqueles personagens, o que nos leva, portanto, à frase que abre este texto e traduz a mensagem deixada pela breve conversa que os Walters tem em torno do sentimento redescoberto pelo ressurgimento do filho perdido e daquilo que motivavaria as ações dos dois lá e cá.

Nesse contexto, além de vermos os personagens e seus respectivos doppelgangers em cenas que revelam conexões inesperadas (com destaque para aquela final(?) entre as Olivias), o episódio faz um trabalho eficiente ao trazer a revelação do que seria o grande plano de Jones (criar um novo universo a partir do colapso dos dois que conhecemos) e ligá-la de forma objetiva a um evento anterior importante da própria mitologia da série que é revisitado. Dessa forma, ao reintroduzir pessoas que foram cobaias nos testes de cortexiphan como parte fundamental do esquema de Jones – que manipulara e distorcera o conceito da guerra para a qual elas haviam sido preparadas -, a trama realça a culpa que Walter sente em relação ao trabalho que desenvolvera com William Bell e cria uma ameaça forte o suficiente para que uma decisão radical precise ser tomada: fechar a ponte que liga os dois universos (através da máquina), separando, como o título do episódio já indicava, aqueles dois mundos.

Se a solução é definitiva eu não sei (não deve ser, acho) – o episódio sobre o futuro de 2036 não deu nenhuma uma indicação mais contundente que confirme ou refute a possibilidade dos dois universos terem se fundido -, mas sem dúvida criou um bom argumento preparatório para as duas partes do aguardadíssimo season finale de Fringe que, além do iminente embate de forças contra Jones, certamente virá cercado de choques e surpresas envolvendo perguntas ainda não respondidas relacionadas a Olivia (ela terá mesmo que morrer?) e mais alguns bons momentos protagonizados por Walter. Agora, o que o Alive (vivo) do glyphcode da vez pode indicar, hein? O retorno de William Bell que fora sugerido no episódio anterior, talvez?

23 comments

  1. E se ALIVE se referir ao prórpio programa FRINGE? Fringe is alive! Ao menos para uma temporada final! :P

  2. Outra conexão sutil que consegui pescar do episódio com outro de uma temporada anterior é a idéia de que o plano de Jones consiste em provocar um Apocalipse. Nem todo mundo deve se lembrar, pois a personagem apareceu em apenas dois episódios, e sumiu da série, mas no episódio 2×02, “Night of Desirable Objects”, a agente Amy Jessup aparecia, bem no finalzinho dele, analisando arquivos de casos investigados durante a 1ª temporada, e traçando conexões entre eles e trechos da Bíblia. Essa subtrama foi ignorada desde então, mas parece que, de certa forma, eles encontraram um jeito de trazê-la de volta, mesmo que sem a participação da personagem, comparando os planos dele com pelo menos duas histórias retiradas do livro sagrado.

    Sempre fiquei curioso pra ver se os roteiristas dariam continuidade àquela idéia, e à do garoto de Inner Child (1×15), que sumiu sem deixar vestígios, apesar de toda aquela possível conexão com os Observadores. De repente agora, na reta final da série, ainda há esperanças de voltarem a mais esta subtrama.

  3. Para mim, quem está mais ALIVE do que nunca é o William Bell, mesmo. Afinal, como é que ele foi parar naquele âmbar em 2036, hein?

    E os personagens também continuaram ALIVE depois que conseguiram inviabilizar os planos de Jones de aniquilar com os dois Universos.

    E a própria série continua ALIVE, pois ganhou uma 5a. temporada.

  4. O que me deixou perturbado eh o pensamento que JONES eh o bonzinho da historia, e que esta preparando seu exercito para, na verdade, lidar com a guerra contra os Observadores. 

    E o que esta me deixando triste eh sentir que o Time Fringe vai conseguir derrotar Jones. Apenas para descobrir que derrubou o aliado mais forte que eles tinham para enfrentar essa porvinda guerra devastadora. 

    Veremos.

  5. Falar a verdade, a revelação sobre a criação de um novo mundo, foi apenas textual, pois este dado já está viciado, pelo menos desde Westfild. Até que sou fã de Jones, não pelo que ele faz, mas pelo brilhantismo dos seus planos, pelo enorme poder de persuarsão e manipulação que carregam a sua personalidade. Isto porém, não me deixa a vontade para crer que este sujeito está preparando o mundo para uma guerra contra os observadores, os carequinhas não são relevantes nas pretenções de Jones, apesar de não descartar alguma interação. Ele avançou nas descobertas de Walter e Bell, descobriu que pode fazer o mundo ao seu modo, sendo só isso. Ele quer ser Deus, mas precisa de um Big-Bang, chega a ser engraçado.
    Digo até que aquele episódio em 2036, pode ser um tipo de “Tales of Fringe”. Tenho quase certeza que Jones será derrotado com facilidade, o grande problema a ser resolvido certamente envolvem as linhas de tempo, neste caso voltemos aos observadores..

  6. A frase citada no texto é forte, mas a que mais me chamou atenção foi “I had a dream”. A de Luther foi no presente, mas o significado não deixa de evocar a mesma ideia: todos vivendo com os mesmos direitos – ambos os universos. FODA!!!!

  7. O episódio foi emocionante. Fiquei triste com a ruptura dos dois universos. O desaparecimento de Peter mudou muito as coisas, principalmente o pessoal do lado B: temos um Walternativo justo, não vingativo e até mesmo uma Olivia mais legal tb. Fiquei comovida com as cenas finais, com as despedidas, enfim, tudo. Espero que os universos voltem a trabalhar em parceria futuramente…

  8. Encontraram o Observador no episódio? Ele aparece por volta dos 3
    minutos e 35 segundos, quando mostra Sydney, na Austrália, no plano
    aberto. Daí, aparece um engravatado de chapéu, caminhando e segurando
    uma inseparável maleta… É ele.

  9. ALIVE pode ser o Peter que, afinal, não desapareceu, como os Walters achavam que poderia acontecer…

  10. Gostei muito do episódio. Só fez aumentar a ansiedade. Pra mim é o próprio William Bell que está por trás dos planos do Jones. Não se pode duvidar de nada em Fringe. A cena da despedida foi tocante. O diálogo dos Walters foi de arrepiar. Agora, atenção especial para Anna Torv(linda de qualquer jeito). Me lembro que nas primeiras temporadas ela era muito criticada pela atuação, nem ao menos se deram conta que aquele jeito de ser é da Olivia Dunhan. As nuances de cada Olivia que ela pôs na tela é de tirar o chapéu. A reação da Bolive ao saber que o Lee ia ficar do lado dela é um bom exemplo de pequenos detalhes que às vezes passam despercebidos à maioria dos olhos. Parabéns!!

  11. Quando surgiu a outra Olívia a atuação da Anna ficou mais evidente. Mas o xeque-mate, pra mim, foi no Marionette (3.9). Ela dominou o episódio.

  12. Observadores = evolução das crianças com cortexiphan = nova raça criada por Jones?
     É o que eu acho

  13. Engraçado ninguém comentar que as motivações de Jones (caso se mostrem verdadeiras as conclusões de Walter) é digna de vilões caricatos de histórias de quadrinhos da década de 70 ou do desenho “Pink e cêrebro”. Adoro o seriado mas ele não tem se mostrado, principalmente nesta última temporada, nem tão inteligente nem tão surpreendente quanto alguns fãs querem acreditar.

  14. FELIZ E TRISTE AO MESMO TEMPO, SEI QUE TEREMOS MAIS UMA 1/2 TEMPORADA, MAS TBM QUE SERÁ A ÚLTIMA DESTA SERIE Q PODERIA DURAR DEZ!

  15. Fiquei com os olhos marejados no final deste episódio. É inegável o fato de que John Noble merece ganhar o Grammy.

    É realmente surpreendente a rumo que a história tomou nesta tamporada, a relação entre os dois mundos nos passa uma mensagem muito forte de cooperação para um bem comum que carece no nosso mundo real (tenções nucleares). E que sim, nós podemos deixar o egoísmo de lado e o desejo de vingança(Walternativo) pelo bem dos outros.

    Analisando certos pontos, fico com dúvia para afirmar que estes últimos episódios tem sidos os melhores que já assisti da série, pois como estamos presenciando o fim da história o desejo de quero mais é muito forte.

    Enfim, que venham os próximos episódios!

  16. Também sempre fiquei com essa subtrama na cabeça… foram pontas que ficaram soltas e que agora estão sendo amarradas… 
    Inclusive postei isso aqui em um site meses atrás:Agent Amy Jessup em 2:01″A New Day In The Old Town” reuniu arquivos daquele caso e de outros com algumas anotações dela. No final do episódio ela faz um especie de arquivo com trechos/versículos da Bíblia. Como ela conseguiu aquela senha/número pra entrar no banco de dados da divisão Fringe?Qual o objetivo daquilo tudo?? quero dizer qual o próposito de mostrarem aquilo?? Ficou a pergunta no ar… e na minha cabeça ¬¬  “Muitas pessoas estariam assustas com isso, a maioria na verdade” como disse Peter mas ela não estava. 

    Tbm pensei no garoto de Inner Child 1X15 que no final é observado por September. 

  17. XD. Alguem leu o meu comentário! Achei que ninguém iria perceber. RSRS.

    Fernanda, isso demonstra (ou não) que você também gosta de procurar em cada episódio o Observador na multidão, passando despercebido como um figurante na cena. Ou aconpanha os símbolos para saber qual palavra foi formada em cada episódio.

    Legal.

  18. Acho que o William Bell está vivo e está por trás de todos os feitos do David Robert Jones. A história de que em 2036 ele está vivo e todos o odeiam pode ser um indício de que ele fez algo grave, talvez imperdoável. Só através da ajuda dele o David Robert Jones teria acesso a tantos experimentos ( o próprio Walter diz que ele deve ter uma mente brilhante pra pensar em tudo) e às informações sobre os testes com Cortexiphan. 
    Bem ainda não vi os episódios do series finale, então, vamos ver!

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