sexta-feira, abril 19 2024

Ainda é só começo, mas 3ª temporada continua impressionando

[com spoilers do episódio 3×02] Considerando os dois capítulos iniciais da 3ª temporada de The Walking Dead, dá quase para dizer que tudo o que vimos antes na série era ‘apenas’ o silêncio que precedia o esporro. E que esporro, não? Depois de toda aquela carnificina do episódio de estreia, os quarenta e poucos minutos de “Sick” não só passaram voando como impressionaram pela quantidade de surpresas refletidas pela ação praticamente ininterrupta que se seguiu à retomada da chocante cena que encerrara a premiere com a amputação da perna de Hershel. Assim, ao optar pela não fragmentação da trama (leia-se ignorar Michonne e Andrea momentaneamente) e pisar fundo no acelerador que manteve o clima de urgência na prisão e evidenciou a mudança comportamental do grupo e sobretudo de Rick (com Andrew Lincoln cada vez mais a vontade no papel, diga-se), a série criou uma sequência de eventos que colocou o líder dos sobreviventes em situações limite onde não havia tempo (ou mesmo disposição da parte dele) para avaliar opções mais razoáveis.

Sob esse prisma, se antes os roteiristas da série provavelmente dedicariam alguns episódios para explorar o conflito que surgiu entre o pai de Carl (outro personagem que reapareceu bem mais interessante, aliás) e Tomas, o líder dos presos que ainda estavam isolados ali há 10 meses, agora eles não hesitam em mostrar Rick respondendo de forma imediata, selvagem e mortal à ameaça que aquele preso representa num dos momentos mais tensos e supreendentes do episódio. Dessa maneira, mais do que mostrar a perda de humanidade progressiva de Rick (que ainda assim surge incomodado pelas escolhas que faz como no desfecho da cena em que deixa o outro preso ser devorado por zumbis num pátio), “Sick” também soube valorizar os pequenos momentos em que o foco era mais intimista como, por exemplo, na cena que explorou o distanciamento que se formou entre Rick e Lori, na outra em que Maggie conversa com Hershel então adormecido pedindo para que ele desistisse de tentar sobreviver visto que o fardo seria grande ou mesmo naquela em que o fazendeiro desperta (depois de dar um belo susto em Lori) e reage, ainda que de forma silenciosa, agradecendo Rick com um singelo aperto de mão que sintetizava sua aprovação pelo que ele fez para salvá-lo. Em suma, eu não sei o que aconteceu na sala de roteiristas de The Walking Dead nesses últimos meses, mas que agora a série está bem maior e melhor não me restam dúvidas.

10 comments

  1. O Rick está sem dúvida, mais animal, mas a morte daquele preso de cabelos compridos foi de fato necessária. Pois o cara não perdeu tempo, tentou matar Rick nas primeiras oportunidades que teve, quanto ao segundo, o do pátio da prisão, além de me parecer muito mais cruel, não tenho a certeza de que êle era tão ruím como o seu colega. Agora, outra cena estranhamente pertubadora foi a da Carol matando aquela zumbi para praticar medicina nela, ainda que o motivo apresentado seja bem raziavél e plausível(E quem será que está espiando-a?). Só estou curioso em como se dará a inclusão do Governador na trama e na prisão.

  2. Essa série realmente me surpreendeu. Quando, lá atrás, soube de uma série sobre zumbis, logo pensei “Ah… fala sério… zumbis?!? Todo episódio vai ter alguém esfacelando a cara de um zumbi de um jeito diferente? No way…”. Acabei vendo um pedacinho aqui, outro ali, quase sem querer… e fui fisgado! Tive que dar a mão à palmatória… The Walking Dead é um exemplo de como contar uma história, sem cair na mesmice. Uma das melhores séries em exibição (se não a melhor!).

  3. concordo e muito com essa Review. agora que o fantasma Darabon foi embora do Glenn mazzara, ele pode seguir a série do seu jeito, e está saindo muito boa. parabéns pela ótima Review

  4. The walking dead é exelente…
    Outra seria nada a ver com twd que curto é once upuon a time, sempre termina com aquela sensação de ‘o que vai acontecer agora?’ isso instiga muito a assistir…tratar de zumbis sem cair na mesmice so twd

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