quinta-feira, março 28 2024

Um dia só dele; um dia inesquecível

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Dia 23 de novembro pode ser considerado um dia inesquecível na vida dos fãs de Doctor Who. As expectativas para o especial em comemoração ao aniversário de 50 anos da série eram altas, mas The Day of The Doctor – exibido na BBC HD e em salas de cinema de todo o Brasil e mundo – conseguiu superá-las de maneira excepcional. Inicialmente com um plot que parecia ingênuo, Steven Moffat fez uma jogada arriscada e mexeu com algo importante na mitologia da série. A Time War sempre foi um ponto escuro na história, envolvendo culpa e influenciando diretamente na personalidade do personagem. Poderia ter dado errado, mas o resultado foi o mais perfeito possível.

Chamar a união dos Doctors de genial seria pouco. A interação entre eles foi fantástica, além do desfecho surpreendente e que amarrou todas as pontas. Depois de cumprir seu papel, John Hurt se tornou o nono Doctor e enfim irá conhecer Rose Tyler. Moffat conseguiu criar um novo desfecho proporcionando esperança não só ao Doctor de Peter Capaldi, mas também a todos que não acreditavam mais na série.

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Os zygons foram necessários para que o encontro entre os três doctors acontecesse. Encontro que foi divertido, cheio de piadas internas e, acima de tudo, muito emocionante. Clara, que por enquanto luta para conquistar os saudosos dos Ponds, mostrou toda a sensibilidade e influencia positiva que uma companion precisa ter. E embora Rose Tyler não tenha aparecido, foi ótimo ver Billie Piper encarnando a consciência da arma Momento e, principalmente, ajudando a modificar as coisas. Mesmo com três personagens masculinos fortes como protagonistas, foram as mulheres que conduziram as reviravoltas e tiveram um papel definitivo no curso da história. Importante lembrar que as mudanças em Gallifrey ocorrem só na linha do tempo do décimo primeiro Doctor, não influenciando retroativamente nas histórias vividas por Eccleston e Tennant.

Com efeitos especiais surpreendentes, o especial equilibrou na medida certa diálogos divertidos e nostalgia. Assim, The Day of the Doctor conseguiu agradar tanto os fãs mais antigos – com referências e easter eggs (que não param de chegar!) -, quanto os que conheceram a série somente depois da nova fase. E observar o público diversificado presente na sessão (desde jovens até idosos), só comprovou o que os whovians já sabiam: Doctor Who é uma série que nunca morrerá.

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Obs1: Presenciar uma sala inteira de cinema se emocionando e gritando em alguns momentos foi mágico. Seria legal se todo o fã de série pudesse ter um momento desses com sua série do coração.

Obs2: Depois de muita confusão no Cinemark, que vendeu ingressos duplicados e (des)organizou a entrada por chegada, sem respeitar a numeração das poltronas, parecia que o evento seria estragado. Em qualquer outra sessão, ficar horas em pé numa fila passando calor teria tirado a empolgação dos fãs, mas não é à toa que Doctor Who sobrevive há 50 anos. No final, o público nem lembrava mais das dificuldades, somente aplaudia e chorava.

Que venha o especial dos 100 anos (com 57 Doctors!).

5star

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