quinta-feira, março 28 2024

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Setembro está chegando e com ele um dos reality shows de maior sucesso da TV americana atualmente. A sétima temporada de The Voice novamente contará com Blake Shelton (que venceu três vezes) e Adam Levine (com duas conquistas), enquanto Pharrell Williams ocupará o lugar do veterano CeeLo Green, que anunciou sua saída definitiva do show e Gwen Stefani será a mentora que substituirá Christina Aguilera, que virou mamãe pela segunda vez e já confirmou o retorno ao posto na oitava temporada do show. Franquia milionária com versões em mais de 20 países, o The Voice chegou ao Brasil em 2012, produzido e exibido pela Rede Globo. No entanto, apesar da boa repercussão do programa na audiência e nas redes sociais, fãs da versão americana torceram o nariz para várias diferenças entre as duas versões, e aqui listamos alguns dos motivos dessa rejeição.

1. Técnicos ou Jurados?

Alguém precisa avisar urgentemente para os técnicos que o The Voice não é o Show de Calouros que Sílvio Santos apresentava antigamente. Piadas e brincadeiras são necessárias para descontrair o ambiente, mas o papel mais importante dos técnicos é apontar onde o candidato errou e acertou durante seu teste, o que acontece brilhantemente na versão US. Em vez disso, somos obrigados a ouvir Carlinhos Brown dissertando sobre a brasilidade (seja lá o que isso signifique), Cláudia Leitte dizendo que o candidato em questão é lindo(a), Daniel calado com cara de tacho (e ocasionalmente tentando bancar o príncipe sedutor da meia-idade) e Lulu Santos – único que parece saber qual a sua função ali – tendo que bancar o chato ao apontar o que deve ser feito para melhorar. Em tempo: na próxima temporada da versão brasileira, Daniel dará lugar ao também cantor sertanejo Leonardo.

The Voice Brasil

2. Escolha dos candidatos

Como falei acima, o clima descontraído é parte importante do show, e é difícil conseguir um entrosamento perfeito entre os técnicos, como acontece lá fora. Uma das melhores coisas das Blind Auditions é acompanhar a guerra entre os técnicos para vender seu peixe e atrair a atenção do candidato para que ele o escolha. Nessa hora vale até xingamento (como o Blake chamando o Adam de idiota ou Shakira esfregando seus Grammys na cara do Usher), o que rende ao programa momentos impagáveis. Já no The Voice Brasil essa parte inexiste: pisando em ovos, cada técnico se limita apenas a repetir “me escolhe”, sem falar muito de suas qualidade, ou pior, sem depreciar o outro.

3. Preparação

Finalizados os testes, começa a preparação para as Battles. É nessa fase que cada técnico reúne seu time, dá as primeiras orientações e divulga as duplas, bem como a música a ser cantada. Enquanto na versão norte-americana acompanhamos o processo de ensaios da dupla, mostrando as interferências pontuais do mentor até chegar na apresentação, na versão BR somos privados dessa parte: o mentor escolhe a dupla, divulga a canção e já somos levados ao palco para vermos a apresentação final (na maior parte dos casos, nem temos tempo para memorizar os nomes dos candidatos) . Ao mesmo tempo, a escolha do repertório das Battles deixa muito a desejar, já que é função do técnico propor músicas que exijam o máximo de talento vocal do candidato. Em vez disso, proliferam batalhas desinteressantes com pagodes e sambas que não exigem a potência vocal que o candidato necessita demonstrar para passar de fase. Resultado: enquanto na versão US tivemos épicos como Trevin Hunte x Amanda Brown, e disputas de vocal com clássicos de Aerosmith, The Animals e Amy Winehouse, por aqui temos duetos sonolentos com o repertório do Raça Negra e Wanessa da Matta (não discuto a qualidade dos artistas citados, mas suas músicas, que não têm notas difíceis de serem alcançadas).

4. Mudanças no Regulamento

Algo no mínimo curioso ocorreu na segunda temporada do The Voice Brasil: na fase “Tira Teima”, cada técnico tinha direito a um roubo, e Cláudia Leitte tratou de gastar o seu logo no primeiro candidato meia-boca que ia sendo eliminado, mas os outros resolveram aguardar alguém que valesse a pena e o primeiro episódio dessa fase foi finalizado. No entanto, na semana seguinte Thiago Leifert anunciou que a direção do programa havia se reunido e chegado à conclusão que o regulamento deveria ser modificado e nenhum candidato poderia ser salvo a esta altura da disputa. Com isso, tivemos uma técnica favorecida com um candidato a mais em seu time, fora a credibilidade indo pelo ralo, e a incerteza se as regras de hoje valerão amanhã.

5. A votação

Na fase de shows ao vivo, os candidatos são separados por duplas ou trios e o público vota em tempo real para definir quem permanece e quem sai. Nada mais justo, não fosse o fato de que a votação é iniciada ANTES que os candidatos se apresentem, o que leva à conclusão de que a maior parte dos votos é dada pelo que os candidatos já apresentaram, e não pelo número que prepararam para o show do dia. Como se não bastasse, aquele que se apresenta primeiro leva considerável vantagem, já que fica mais tempo na votação, enquanto o último a cantar sai prejudicado, já que a votação encerra no fim de sua apresentação. Na versão US, a votação só tem início após todos os candidatos apresentarem suas performances, com o resultado sendo divulgado no programa do dia seguinte, garantindo igualdade de condições entre todos.

E então, qual versão do The Voice você prefere?

3 comments

  1. kkkkkkkkk matéria ridicula, a única coisa que vi aqui foi mais uma pessoa que adora babar ovo pra outros países. The Voice Brasil tem seus erros sim, mas desde quando ficar xingando os outros jurados é digno de aplausos.

  2. Concordo com tudo na matéria! Quem acompanha o TV USA, não consegue assistir 5 minutos do TV Brasil. Sou brasileiro mas não sou idiota, não tenho que preferir uma coisa (que no caso é uma tremenda bosta) que é brasileira a preferir outra gringa (que no caso, o nível é muito maior) só porque sou brasileiro. Sou músico e vejo claramente que os jurados do TV Brasil (com exceção do Lulu), não sabem nem o que é melisma, fazem um julgamento totalmente esquisito e, sinceramente, não consigo entender nada que a Cláudia Leite fala! No ponto que o autor da matéria sita o item 3. preparação, acredito que não mostram a preparação porque os candidatos, sinceramente, cantam muito mais que os técnicos, eles não têm o que ensinar pra eles, a não ser, falar de brasilidade e rebolar como a Claudia leite, ou dançar igual a um palhaço como o Daniel.

  3. Graças a Deus encontrei alguém inteligente. Que usa o cérebro, que não perde o foco nas argumentações.
    Estou totalmente intolerante com pessoas que preferem elogiar algo que não está legal por razões estúpidas. … e até pelo patriotismo!!
    Se não fosse tão trágico seria até engraçado.

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