quinta-feira, março 28 2024

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Neste domingo 4 de outubro às 23h, a AMC Brasil estreia o drama Humans, série em oito episódios, que serão exibidos com opções de áudio original, legendas e dublagem. Ambientada em um subúrbio de Londres, a produção se passa em um universo no qual a mais recente engenhoca de aquisição praticamente obrigatória por qualquer família atarefada é um Synth – um empregado de inteligência artificial altamente desenvolvido, estranhamente parecido com os seres humanos de verdade.

O canal convidou o Ligado em Série para conversar com a protagonista Gemma Chan, que interpreta a synth Anita Hawking. Veja como foi o papo:

O que te atraiu no papel de Anita Hawkin em Humans? Você precisou fazer algum tipo de laboratório ou workshop para se preparar e interpretar um “synth”?

Assim que recebi o roteiro dos três primeiros episódios, tentei ler como “público” e não como atriz e logo fui fisgada pelo interessante mundo de Humans. A Anita é um enigma, um mistério, e isso faz parte do ponto central da série. Eu queria ter esse desafio. E sim, semanas antes de começar as gravações eu precisei trabalhar intensamente com um coreógrafo. Na verdade todo mundo que interpreta um “sintético” na série teve que passar por uma espécie de “Escola Synth”, onde eles ensinaram a “linguagem física” que todos esses personagens deveriam seguir.

Você acha que num futuro próximo poderemos ter robôs como Anita parte de nosso dia a dia?

Eu acho que sim e, principalmente do jeito que as coisas estão acontecendo agora, esse seria um cenário possível. Mesmo sem a tecnologia que existe na série já temos aqui e ali alguma forma de inteligência artificial parte do dia a dia. No Japão mesmo existe um hotel em que todos os “funcionários” são robôs. Não estamos tão longe desse tipo de mundo, né? Tudo mudou muito rápido nas últimas décadas em termos de avanços tecnológicos e nós adotamos a tecnologia em nossas vidas de forma tão rápida que acho que em breve nós iremos descobrir se isso irá se concretizar.


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Existe um debate sobre os benefícios da Inteligência Artificial: alguns se dizem muito otimistas com os prognósticos e outros dizem que pode ser o fim da humanidade como conhecemos. Qual sua opinião? 

Eu fico em cima do muro, eu diria. Acho que temos que tomar cuidado com aquilo que fazemos e, especialmente, aquilo que “criamos”. Temos que ouvir estudiosos como Stephen Hawkin e Elon Musk (CEO da Tesla). Se eles estão dizendo que devemos tomar cuidado com a “IA”, então temos que prestar atenção neles, mas não acho que é só coisa ruim que vem daí. Não podemos negar que teremos benefícios e que nossa vida realmente poderá ficar mais fácil em alguns aspectos. Mas eu diria que no momento não seria pessimista e nem otimista.

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Se chegasse a esse ponto, você ficaria confortável em ter seu próprio “Synth” como vemos na série?

Eu não sei, eu acho que eu iria fazer um teste, mas teria muito receio de ficar sozinha com um à noite em casa!

Humans já está com a segunda temporada garantida, mas no Brasil estreará agora a primeira pela AMC. Qual mensagem você tem para os espectadores brasileiros sobre a série?

Se você assistir a série ficará entretido, claro, mas acho que Humans te dará algo sobre o que pensar ao fim de cada episódio. Existem elementos na série que todos podem se identificar facilmente. Tem um belo roteiro e atuações inspiradas de todo o elenco, especialmente de William Hurt. Espero que todos vocês gostem!

Humans estreia após outras séries sobre e filmes sobre robôs como Almost Human, Battlestar Galactica, O Homem Bicentenário, Extant etc. Qual você acha que é o diferencial desta produção?

Eu acho que Humans, ao contrário de outras séries e filmes de “robôs”, possui um universo muito ligado à nossa realidade reconhecível. Ela se passa no presente e não em um futuro próximo ou distópico, mas é um presente “paralelo” com um “twist” onde os synths são parte da vida humana e eu acho que isso é algo que eu ainda não vi antes representado em uma história sobre inteligência artificial. A série traz também muitos debates sobre as consequências emocionais e filosóficas desta realidade.

Pra terminar, o que você pode nos contar sobre o desenvolvimento da personagem Anita na primeira temporada da série e o que podemos esperar do segundo ano?

Anita é um mistério e nesta temporada vamos descobrir sobre de onde e quem ela é. Essa é uma descoberta que o público fará junto dos outros personagens e para a segunda temporada nós veremos que ela já não é mais a mesma do início da série e foi impactada por sua experiência com a família Hawking. Posso dizer que ela vai explorar o universo dela ainda mais na segunda temporada.

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