quinta-feira, março 28 2024

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Parques temáticos como os conhecemos atualmente nasceram da mente fértil de Walt Disney. Diz a lenda que enquanto aguardava as filhas pequenas se divertirem na carrossel de um parque de diversão simplório certo verão, ele questionou o porquê deste tipo de local não privilegiar todas as idades. Por que ele não poderia se divertir junto às filhas, em vez de apenas acompanhá-las no passeio? Este pensamento foi o nascimento e também a síntese do Disneyland Park, criado em 1955 e considerado pioneiro em alinhar temas específicos à diversão.

O tempo passou e, como toda grande ideia, parques temáticos se proliferaram para o mundo. Mas que tal tirarmos as crianças da equação e fazer algo para que os adultos possam se divertir, sem compromisso?

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É isso que o público vai encontrar a partir do dia 2 de outubro às 23h em Westworld, nova superprodução da HBO, já cunhada como a “sucessora de Game of Thrones”. A série se passa num parque temático futurístico, mas cujo tema é o velho-oeste. Nele, adultos vão para liberar seus instintos – sexuais, violentos ou quaisquer que sejam –, nos moldes dos filmes de faroeste. Saem os cast members e entram androides de aparência idêntica à humana, chamados anfitriões. Eles são seres criados por meio de tecnologia avançada, com inteligência artificial e a capacidade de amar e até sangrar.

Ousado, como tantos dramas da HBO, Westworld tem algum embasamento na realidade. Parques temáticos voltados para o público adulto – ou recomendados para eles – existem aos montes em todo o mundo, e também muitos outros com temáticas tão ou mais distintas quanto ao do que será visto na série. Selecionamos alguns exemplos únicos e um tanto bizarros neste universo quase paralelo dos parques temáticos. Confira a lista!

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Um parque inteiro dedicado ao sexo. Conhecido simplesmente por Loveland, ele é fruto de seu próprio país. Reservada e conservadora, é costume na Coreia do Sul que as crianças vivam com seus pais até o casamento. Sexo, como um todo, é tabu nas famílias e cabe justamente a esse parque temático explicar um pouco da prática! O local escolhido não poderia ser mais oportuno. Afinal, a Ilha de Jeju é “o” destino de lua-de-mel da Coreia. Em 2004, um grupo de estudantes de arte da Universidade de Hongik em Seul criou 140 esculturas eróticas em um esforço para “quebrar os tabus tradicionais em torno do sexo” e destacar “a beleza natural da sexualidade”. Foi o início do parque, que hoje conta também com murais e outras peças de arte explicitando seu tema.

São apresentadas estátuas de tudo quanto é tipo. Posições sexuais das mais diversas e membros de todos os tamanhos e formatos. O mais próximo de uma atração que o visitante irá encontrar lá dentro são as exposições interativas, como a do “ciclo da masturbação”. Não há outros brinquedos, shows ou paradas para curtir, o que torna a visita ao local relativamente rápida – cerca de 40 minutos, de acordo com o site oficial. Pelo menos a entrada é baratinha (em torno de 27 reais). Somente pessoas acima de 18 anos podem entrar no parque; há recreação e uma playground para crianças aguardarem do lado de fora.

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É até complicado falar sobre este lugar, que ultrapassa a linha do bom senso. Dividido em duas seções, The World Butterfly Eco Garden na China apresenta o maior jardim de borboletas do mundo. A outra, conhecida informalmente como o “Reino das Pessoas Pequenas”, é uma área do parque onde acontecem performances cômicas estreladas por pessoas com nanismo. Mais de 100 anões, todos com menos de 100cm de altura, podem ser vistos nos cenários de casas em forma de cogumelo e dormitórios antigos.

Esta comunidade, “supervisionada” por um imperador, imperatriz e um parlamento, foi construída em 2009, e todos os moradores se apresentam duas vezes ao dias em elaborados trajes cantando, dançado, ou mesmo realizando algum esporte ou acrobacia. O criador do parque e seus defensores afirmam que dão emprego muito bem-pagos a pessoas que de outra forma seriam incapazes de encontrar trabalho. Quem critica o local acredita que estão tratando o nanismo como uma atração exótica e explorando as condições dos trabalhadores. Controverso, não?

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Que tal abrir mão da companhia de Mickey ou Harry Potter na sua próxima ida à Orlando para uma tarde bíblica? Esta é a proposta de The Holy Land Experience, parque temático aberto em 2001 que traz a arquitetura e temas da antiga cidade de Jerusalém no primeiro século para o nosso mundo. Isso resulta em cenários um tanto inusitados. Oportunidades de fotos como Jesus andando sobre a água, um minigolfe cujo noves buracos são inspirados em partes do Velho Testamento e uma parede de escalada tematizada como a Arca de Nóe, isso só para citar o que se encontra na entrada do local e sua área destinada à crianças.

The Holy Land Experience recria todos os cenários cruciais para a vida de Jesus, como relatados na Bíblia. Há a tumba onde ele morreu, um Mar da Galiléia com fontes dançantes e, claro, o momento mais aguardado da visita: a reconstituição diária da crucificação de Jesus Cristo, um show ao vivo de uma hora e meia de duração. Pertinho do complexo Walt Disney World Resort, o parque temático fica aberto quase todos os dias do ano e sua entrada custa quase a metade do vizinho.

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Neste parque, voltamos ao conceito proposto por Walt Disney para que adultos e crianças possam curtir, juntos, o fantástico mundo das escavadoras. Isso mesmo, esta é a temática dos quatro parques temáticos Diggerland (ou Terra das Escavadoras), espalhados pela Inglaterra. Todas as atrações são voltadas para o mundo da construção e as crianças podem ir em praticamente tudo. Os menores dão voltas no trem formado por carrinhos de escavadoras ou em pequenos tratores. Já os maiores podem dirigir e cavar com uma escavadeira de verdade, de seis ou oito toneladas!

Um dos brinquedos mais concorridos é o Spindizzy, enorme escavadora em que até quinze visitantes se sentam na caçamba e são levantados a uma altura de quinze metros. Como todo parque temático, o Diggerland traz as tradicionais lojinhas para comprar bugigangas (quem nunca quis um capacete de construção?), lanchonetes e até uma área para piqueniques indoor. Os ingressos são acessíveis para a Inglaterra, a 85 reais por pessoa – crianças abaixo de 90cm entram de graça.

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Inaugurado em 1992, o BonBon Land é a versão trash da Disneyland. Localizado na Dinamarca, a duas horas da capital Copenhague, sua temática gira em torno de personagens de desenhos animados. Porém, eles são totalmente peculiares, estranhos, perturbadores e perversos. Tudo por conta da inspiração em BonBon, empresa de doces na Dinamarca que faz doces com base em personagens estranhos. Seu doce mais popular é chamado de “Dog Fart”, ou “Peido de Cachorro”, e ele está presente no parque, adaptado em uma das quatro montanhas-russas. O ar um tanto trash não para por aí.

Outras atrações e decorações trazem cavalos fazendo cocô, formigas urinando (!), ratos vomitando e muitos animais estilizados de maneira sexualizada. É um parque temático completo, com mais de trinta brinquedos incluindo também passeios de barco, splashs e elevadores de queda, ele é sucesso de público e já foi expandido diversas vezes ao longo de sua história para ter mais novidades. Um dia no BonBon Land custa 75 reais por pessoa – e é gratuito para crianças pequenas.


Curtiu a lista? Então não perca o mais incrível dos parques temáticos, Westworld, que será revelado ao mundo no próximo domingo às 23h na tela da HBO!

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