quinta-feira, março 28 2024
Foto: Divulgação/Amazon Prime Video

Nem Damon Lindelof com a loucura de The Leftovers, nem Lana Wachowski com a excentricidade de Sense8 ou Noah Hawley com a psicodelia de Legion: Bryan Fuller detém, hoje, o posto de showrunner mais ousado da TV. Não que as séries citadas não se destacam no atual momento da chamada “Peak TV”, mas é que Fuller, desde Hannibal, mostra não se importar com absolutamente nenhuma convenção de nenhum gênero para trazer sempre algo único e inédito.

Isso ele consegue novamente com American Gods, série em exibição no Brasil pelo serviço de streaming Amazon Prime Video, que a traz com poucas horas de diferença de sua exibição original no Starz.

Foto: Divulgação/Amazon Prime Video

Na série baseada na obra de Neil Gaiman, Shadow Moon (Ricky Whittle, The 100) vaga pelos EUA após ser libertado da prisão sem saber que está no meio de uma briga lendária entre Deuses. De um lado, as divindades de outrora precisam recuperar a atenção de seus “fieis” enquanto os novos Deuses – como os da tecnologia, mídia e estradas – são vangloriados pelas multidões.

Essa, porém, é só a premissa da atração e isso jamais fica claro nos dois primeiros episódios, conduzidos com maestria pelo intrigante personagem Mr. Wednesday, do sempre talentoso e irrepreensível Ian McShane (Deadwood), que na verdade é a encarnação de Odin.

Visualmente estonteante, a série é uma enorme alegoria da obra de Gaiman, repleta de subtextos e comentários interessantíssimos do mundo moderno. Inacessível, é verdade, a produção é um brilhante estudo de personagens que não possui o menor pudor em ser explícita, direta e literal – até mesmo atirando pedaços de corpos para fora de sua razão de aspecto – apenas por puro estilo.

American Gods não é uma série fácil, mas não demora para emplacar quando percebemos que o roteiro está tratando de seres mitológicos num plano absolutamente árido e mundano. O resultado é uma adaptação que faz os clássicos personagens e inspirados diálogos de Gaiman saltarem das páginas com a propriedade que poucas adaptações televisivas de obras literárias fizeram.

26 comments

  1. Bruno, parede sem sentido… mas como faço para compreender á série?
    Exitem mocinhos, vilões e tals?
    Valeu.

  2. Bruno, parece sem sentido… mas como faço para compreender á série?
    Exitem mocinhos, vilões e tals?
    Valeu.

  3. Para compreender um pouco mais leia o livro de Neil Gaiman, mas nesse começo a série está sendo propositalmente confusa. Não é sobre mocinhos e vilões, é uma guerra entre Deuses e representações.

  4. Para nao dizerem depois que nao foram avisados (ja que o Bruno nao diz claramente no texto): o que o produtor da serie faz é colocar no ar cena homossexual quase explicita entre dois homens, inclusive mostrando os orgaos genitais. É uma serie para deixar a comunidade gay excitada.

  5. 1) Esse episódio foi o 3º, a crítica fiz após ver os dois primeiros.
    2) A série é para adultos, então qual o problema em uma cena entre dois homens? Só pode cena entre homem e mulher? Que preconceito tolo.

  6. Entao, para voce, as pessoas NAO TEM o direito de serem alertadas antecipadamente que uma simples diversao DE TELEVISAO a qual elas vao assistir, possui cenas desse tipo? Todo mundo, so porque é adulto, tem que ser obrigado a gostar ou mesmo sentir-se confortavel com esse tipo de producao, meramente por conta da agenda politica dos homossexuais ?…

    Eu so estou alertando (como gostaria de ser alertado tambem). Agora, se a pessoa realmente QUER ver dois homens se pegando quase explicitamente com o p* pra fora, aí realmente é problema dela, mas pelo menos foi avisada antecipadamente.

    Só me dê o direito de nao querer assistir, por favor. Respeitar gay é uma coisa, mas ser obrigado a assistir dois gays transando nao é nada razoavel.

    .

  7. hahha..cara, se ele for passado e lerdo como shadow é no livro, talvez só entenda um mês depois de acabar a série

  8. pq vc não alertou sobre o primeiro episódio onde a Bilquis engole um cara com a vagina? mais bonitinho e politicamente correto?

  9. Olá “Ravles”

    Toda produção na TV possui uma classificação indicativa e disclaimer de conteúdo. No caso de American Gods é 18 anos e contém linguagem e conteúdo adulto explícito. Essa função de alertar, pela LEI, é da emissora e não da crítica.

    Eu não sou dono da Amazon e nem veiculo a série. Agora, muito coerente o comentário do Márcio: quando apareceu a mulher com o homem, por que você não reclamou também? Falso moralismo.

  10. Oi, Marcio… Para mim esse tipo de cena é exatamente igual à outra. No *meu* caso, pelo menos, me faz afastar-me completamente desse tipo de serie que, na *minha* interpretacao, é meramente apelativa… Prefiro ir assistir a uma The Crown, Better Call Saul, Bron-Broen, Foyle’s War, Wallander e muitas outras que nao necessitam apelar.

  11. Bruno, concordo totalmente que, como critico, nao é sua funcao alertar. Contudo, tambem nao deveria ser o de criticar quem alerta. O problema, no seu caso, nunca foi voce alertar ou nao alertar, mas sim voce ter partido para criticar como “preconceito tolo” quando *eu* resolvi alertar.
    É a velha babaquice do politicamente correto. Se alguem alerta que uma serie tem assassinato explicito de criancas e gatinhos, ou estupros coletivos explicitos, ou coisa parecida, ninguem reclama. Mas basta que o alerta contenha algo que va contra a agenda politica de homossexuais, ou negros, ou a minoria que for, o espirito de “Justiceiro das Minorias” logo se acende no coracao de alguns para sair apontando o dedo que se trata de “racismo”, “preconceito”, “fascismo”, “Hitler” e o que mais surgir na cabeça como cliché ideológico.
    Vai ver, voce nem percebeu que entrou nessa…

  12. Eu estava assistindo a série, mas infelizmente ficou impossivel assistir, pois é uma série apelativa, ataca e blasfema com o nome de Cristo, a série é boa, mas desisti por não ser a favor de cenas de sexo explicito homosexual, e o pior são as blasfemias com o nome de Cristo e de Deus, em uma das cenas a mulher diz “A p**rra do Cristo”. Estão avisados, blasfemias e sexo homosexual explicito. Eu desisti dessa série.

  13. Cara, se vocês não assistem a série, por N motivos que não interessa a ninguém, por quê vieram aqui dar pitaco, numa critica sobre a série?

  14. Que crítica bacana demais essa, Bruno Carvalho! Agora, é besta demais ter que aguentar gente tipo ” não fala palavrão com cristo, ai, ai, não põe homem com homem “, nussa, rsrsrsrsr. Parece até que são nenezinhos, aff. O pior é a falta de senso, em discutir com o crítico, como se ele fosse o papai deles e fosse o dono da série e tudo o mais. Sei lá, tem gente que não tem vergonha de expor a babaquice. Que falta de capacidade de separar uma obra de ficção das próprias idéias religiosas, sexuais, etc., etc.

  15. Olha que preconceito mais tosco, qual a diferença entre um homem e uma mulher transando, de dois homens, ou duas mulheres? É tudo cena pra +18, então o único alerta é, tem cenas de sexo, violência mutilação etc…… se as pessoas não são obrigadas a verem cenas homo sexuais, elas tbm não são obrigadas a verem cenas hétero sexuais, e vale lembrar que ninguém vai “virar gay” se ver uma cena gay, e se pode mostrar peitos, por que não pintos ?

  16. o cara vai assistir uma série sobre deuses e reclama quando falam do ser imaginário q ele acredita? huauhauhahuauhauhauh

  17. Isso é oque VOCÊ acha. Agora, eu tenho o direito de dar minha opinião, algum problema?

  18. Um Ateu é obrigado a assistir um filme religioso contra a vontade? Não. Da mesma forma se um hetero ou homo não quiser ver alguma coisa, é bom que tenha um alerta, não pra criminalizar quem produziu, mas pra alertar quem vai assistir, para que não seja obrigada a ver o que não quer.

  19. Problema nenhum, continue acreditando no seu ser imaginário, só não encha o saco dos outros com isso.

  20. VOCÊ É QUEM IMAGINA QUE DEUS É IMAGINÁRIO. Agora o maior problema aqui é você, eu dei minha opinião, não enchi o saco de ninguém, não me referi a você, e se tem alguém que está enchendo o saco aqui é você, não tem desconfiômetro não?

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