quinta-feira, abril 25 2024

Alguns fãs gostaram mais da primeira temporada, outros da segunda. Seja como for, difícil mesmo foi desgrudar da Netflix e evitar que os 9 novos episódios de Stranger Things acabassem muito rápido. Enquanto entramos na longa espera pela terceira temporada, que tal relembrar o melhor e o pior da segunda?

Melhor

Novos personagens

A segunda temporada trouxe alguns reforços significativos, como Bob Newby, o namorado meio bobinho de Joyce, e o casal de meio-irmãos Max e Billy. Max veio para preencher a lacuna que Eleven deixou no grupo dos meninos e Billy para ser o valentão que Steve deixou de ser. Além de uma entrada triunfal ao som de Rock You Like a Hurricane, os dois provaram, como personagens e atores, que merecem seu lugar na série. Max alternou rebeldia e doçura e foi disputada por Lucas e Dustin, já Billy transitou entre a agressividade resultante da relação com o pai e a sensualidade que exalou na impagável cena com a mãe de Mike.

Trilha e ambientação

Mais uma vez, a trilha apareceu para dar o tom certo nas cenas e na introdução de personagens, com destaque para a já citada Rock You Like a Hurricane, Time After Time, Whip It, Twist of Fate e Every Breath You Take. Já a ambientação ganhou um grande reforço: o fliperama em que as crianças jogam Dragon’s Lair e Dig Dug, ambos funcionando como analogias para arcos da temporada.

Steve

O bad boy da primeira temporada já havia tido seu momento de redenção ao enfrentar o Demogorgon, e seguiu seu caminho de transformação neste temporada ao se mostrar um ótimo “baby sitter”, preocupado em manter os mais jovens a salvo. Se por um lado teve um revés no seu relacionamento com Nancy, soube tirar o time de campo com dignidade e sem forçar a barra. Junto com Dustin, trouxe alguns dos melhores momentos da temporada ao assumir uma espécie de figura paterna e passar a sua sabedoria adiante, mesmo que na forma de dicas de produtos para o cuidado com os cabelos.

Hopper

Já era um dos meus preferidos desde a temporada passada, mas nesta se superou. Foi quem cuidou da Eleven enquanto ela precisava ficar escondida, e a ensinou um pouco mais da língua e do mundo. Algumas vezes se atrapalhou nessa paternidade inesperada e outras foi firme como se espera que um pai seja, mas conseguiu criar um laço muito bonito com a Eleven. E aquela dancinha – vocês sabem qual – só fez com que a gente amasse o Hopper ainda mais.

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Eleven

A coitadinha passou grande parte dos episódios lidando com a solidão, com a saudade dos amigos (e de Mike, em especial) e com problemas tipicamente juvenis como a obediência e o ciúme. Foi ainda atrás da mãe, descobriu mais coisas sobre seu passado e teve que encarar a possibilidade do seu “papa” estar vivo, além de ativar uma nova camada de seus poderes. Terminou fortalecida e reunida com os amigos, e ganhou oficialmente um novo pai. Seguirá sendo fundamental na luta contra os poderes obscuros que ainda assombram Hawkins.

Nancy

O triângulo Jonathan-Nancy-Steve ficou ainda mais problemático nesta temporada, mas o lado bom é que os irmãos Duffer conseguiram fugir da armadilha clássica de colocar uma mocinha entre um cara legal e outro nem um pouco. Além disso, Nancy é firme, não é uma mocinha em perigo. É lutadora, inteligente e uma das provas – junto de Eleven e Max – de que é possível criar personagens juvenis femininas e fortes. Mais um ponto para os Duffer.

Famílias coadjuvantes

Nesta temporada conhecemos novos coadjuvantes como a mãe de Dustin (interpretada pela ótima Catherine Curtin) e a irmãzinha de Lucas, Erica, que trouxeram um pouco mais de alívio cômico para os episódios. Já outros familiares se mostraram assustadores, com o pai de Billy, mas foram fundamentais para reforçar e complementar o arco dos personagens.

Baile

Um final deliciosamente doce, que lembrou a inocência das comédias que marcaram os anos 80. Além da trilha no ponto certo, com destaques para Cyndi Lauper e The Police, a sequência foi marcada por momentos fofos, como a carona de Steve para Dustin. E se de um lado nosso coração ficou arrasado quando ele chorou por ser rejeitado pelas meninas, a compensação veio na dança entre ele e Nancy, assim como nos beijos entre Mike e Eleven e entre Lucas e Max (outro jovem casal que funcionou bem na trama). Um jeito querido de terminar a temporada e de mostrar que esses doces momentos seguem ameaçados por um mal que ainda está à espreita.

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Pior

Episódio 7

Vou ser sincera, achei esse episódio o pior da temporada. Entendo as referências e a intenção, mas foi um balde a água fria no andamento do enredo. Além disso, o núcleo de personagens não manteve o padrão Stranger Things de relevância, tirando a Kali (que ainda assim não se mostrou lá muito interessante). A sensação é de que foi todo um episódio não muito envolvente apenas para ensinar a Eleven/Jane a usar a raiva para intensificar seus poderes. Ou seja, não precisava um episódio inteiro para isso. Eu poderia dizer que o episódio serve como introdução para uma participação mais marcante da Kali no futuro, mas não vou sentir falta dessa personagem se ela não aparecer novamente.

As Loucuras de Joyce

Stranger Things é uma série que tem um elenco tão bom e personagens tão queridos que isso faz com que a Joyce muitas vezes pareça um tanto chata. O fato é que uma coisa precisa ser evitada na próxima temporada: que ela pendure alguma coisa por toda a casa (primeiro foram as luzes, depois os desenhos). Acredito que a personagem possa contribuir de alguma outra forma para a trama (muitos dirão que o ideal seria fazendo par com Hopper).

Justiça para o Will

Espero que na terceira temporada os irmãos Duffer deem uma folga para o Will, que já sofreu o suficiente nos dois primeiros anos. Em vez de ser infectado ou levado para o mundo invertido, ele poderia ter um papel mais determinante na destruição do Devorador de Mentes, mesmo que isso signifique que a vítima principal seja outra.

Não façam o Dustin chorar

Muitos dirão que a morte de Bob (ou a confirmação do destino de Barb) foi o momento mais devastador da temporada, mas, para mim, nada foi pior do que ver Dustin chorando, sozinho, após ser rejeitado no baile. Um personagem querido desses não pode sofrer assim, minha gente, tá proibido.

E para vocês, quais foram os melhores e piores momentos da temporada?

8 comments

  1. provavelmente a galera do ep 7 retornará, só pode!
    a 2ª temp manteve o mesmo alto nível, acho q a atuação dos meninos foi até melhor do q a 1ª temp.

  2. Fiquei torcendo pro Dustin morrer, aquele traíra. Ao invés disso, mataram o coitado do Bob. >:( Quem sabe na próxima temporada. :P
    Quanto a ele ser dispensado no baile, achei legal terem colocado esse realismo na série. Ele ter ficado com a garota seria mais irreal do que a existência de um mundo invertido.

  3. Cara, a MELHOR coisa dessa temporada de Stranger Things foi DE LONGE a atuação do Noah Schnapp como Will. Não entendo como alguém deixa escapar a melhor e mais inesperada performance da série.

  4. Ana assino embaixo! Só acrescentaria no pior a falsa culpa da Nancy pela morte da Barb, foi forçado e difícil de acreditar – o lado bom foi o repórter que trouxe mais um reflexo da época.

  5. Acho que eu fui o único que achou essa temporada uma chatice! Achei bom apenas os dois últimos episódios. Achei tão chato que fui acabar de assistir ontem.

  6. Eu tambem achei essa temporada absurdamente mais fraca, e o motivo, para mim, é obvio: a serie na verdade é fraca, o que ela trazia de “novo” era o “saudosismo”, nos fazer relembrar a decada de 80… Agora que isso ja nao é mais novidade, apenas a historia sozinha nao suporta a serie, porque é uma historia fraca e repetitiva, que vai ficar andando em circulos.

    Quase nao consigo assistir à essa segunda temporada (ainda mais depois do chatissimo e insuportavel episodio 7) e ja penso seriamente em abandonar por aqui. Tem coisa muuuuuito melhor para assistir na TV e no Netflix, como a excelente serie The Crown, por exemplo. Stranger Things ja provou ser apenas boba.

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