quarta-feira, abril 17 2024

Assisti a cinco minutos da 4ª temporada de Black Mirror, cuja data está sendo mantida em segredo pela Netflix (aposto, contudo, que a estreia ocorrerá entre dezembro e janeiro). A empresa exibiu cinco minutos do episódio Arkangel, dirigido por Jodie Foster, durante o painel da série na NYCC.

No capítulo, conhecemos uma empresa (a “Arkangel” do título), que oferece uma espécie de teste gratuito de um serviço. Pais que querem monitorar seus filhos podem inscrever suas crianças no programa que implanta um avançado chip na têmpora das crianças. Com isso, o dispositivo permite que os pais controlem diversos aspectos da vida seus filhos através de um aplicativo móvel.

A cena exibida sem cortes mostra o processo de implantação do chip (visto na imagem acima) e depois os pais “brincando” com as funções. O aplicativo permite monitorar o nível de nutrição, temperatura e até mesmo o ponto de vista da criança naquele exato momento. Um detalhe curioso é a possibilidade de ativar o “modo seguro” que automaticamente pode “esconder” cenas violentas, gráficas ou com conteúdo impróprio, seja na TV ou na vida real (na cena um cachorro raivoso e ameaçador vira um amontoado de pixels no olhar da menina).

A cena mostrada levanta discussões éticas e morais sobre o uso da tecnologia, bem como também traz à tona o direito à privacidade, inerente ao ser humano. Qual é o limite? Como todos os bons episódios de Black Mirror, as perguntas de um futuro distópico servem como ponto de partida para ampliar o debate nos dias de hoje.

A diretora Jodie Foster contou que adorou dirigir este capítulo, pois ele permite mostrar um lado “sombrio” da tecnologia. Ela disse também que esses são os roteiros preferidos dela.

Charlie Brooker, o criador, e Annabelle Jones, produtora executiva, disseram que esta 4ª temporada foi gravada em vários países ao redor do mundo e alguns episódios terão até três tramas paralelas acontecendo. É neste ano também que teremos episódios mais extensos (de até 74 minutos) e também o mais curto de todos até agora, segundo Brooker, com pouco mais de meia hora.

O Ligado viajou a Nova York a convite da Netflix.

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