sexta-feira, março 29 2024

Há 5 temporadas o Tá no Ar segue como o melhor expoente do humor na TV fora da Internet (onde, pra mim, Choque de Cultura é o maior destaque hoje). Assisti ao episódio que abre a 5ª temporada e que será exibido nesta terça (23) após o Big Brother Brasil.

Continuo achando o programa muito curto (a duração total é de 24 minutos) e ele poderia ter mais espaço na grade da emissora. Felizmente, Adnet, Melhem e a equipe de roteiristas seguem aproveitando bem a curta janela que lhes é dada pra levar ao ar um programa com ideias oxigenadas e fora do senso comum. Só acho uma pena a falta de representatividade que o elenco fixo tem (a única adição desta temporada foi Eduardo Sterblitch, ex Pânico), sem nenhum integrante negro, por exemplo.

O ponto alto do episódio é a paródia de The Walking Dead intitulada “The Walking Back“. Além de ser uma superprodução caprichadíssima, a esquete faz uma bela crítica aos “ideais” ultrapassados e que retornaram com tudo nos últimos anos: misoginia, homofobia, discurso pró-militarismo, enfim, o típico bolsominion.

O formato também trouxe uma interessante alteração. Em vez do tradicional “zapping” do controle remoto (que emula a interface do sistema da NET), o Tá no Ar agora usa também aplicativos de streaming (com um belo merchã pro GloboPlay, por óbvio), já que esta é a forma mais crescente de consumo televisivo.

Sem rodeios e sem medo de rechaço dos habituais “zumbis” de The Walking Back, o programa leva quadros com ideias progressistas, mas sempre retratadas com ótimo humor, como no musical que encerrará a atração e, ao som de The Jacksons Five prega: “Ser Bi é Normal”. Outras esquetes como os Karlakians, propaganda do refrigerente Vergonha sobre assédio (paródia do tio da Sukita) e vários programetes intercalados fazem deste uma bola fora da curva na TV aberta brasileira (só não suporto o tal Jorge Beviláqua, que já encheu).

Sincero, opinativo e sempre divertido, o quinto ano do Tá no Ar tá imperdível!

5 comments

  1. Beviláqua Airlines foi o melhor… Tem um cartaz no Walking Back q eu defendo: OUT COMUNISM!

  2. Não por falta de tentativa do PT,mas felizmente Brasil não é Venezuela.

  3. ¨O programa leva quadros progressistas¨,que medo de falar esquerdistas.Eu sempre me pergunto onde estava os programas de humor no governos LULA/DILMA.

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