sexta-feira, março 29 2024

Falei com Noomi Rapace (Onde Está a Segunda?) e Edgard Ramirez (o Gianni Versace de American Crime Story) sobre o filme Bright, com Will Smith e Joel Edgerton, que foi a maior audiência de estreia da Netflix e já garantiu a sequência. Eles interpretam os elfos do longa e estiveram comigo na Cidade do México.

Noomi contou logo de cara como foi seu processo para entrar no filme:

Eu estava numa festa na casa do meu amigo Joel Kinnaman e haviam me mandado o roteiro há uma semana atrás. David [Ayer] chegou pra mim e perguntou: ‘quer fazer?’ e eu apenas respondi: ‘sim’, e foi isso. Ele sabe muito bem o que ele procura para os filmes dele, ele é muito específico. Ele nos deixa participar da criação e por isso que gosto muito de trabalhar com ele. Tudo acontece de forma bem suave”.

Edgar Ramírez concorda com a colega sobre o diretor:

“Ele está sempre aberto a novas ideias e considera tudo que a gente fala. É muito bom estar num ambiente tão receptivo como num filme do David [Ayer]. E ele conhece as ruas de Los Angeles como nenhum outro!”

Apesar de serem da mesma “espécie” em Bright, Ramirez disse que seu personagem é muito diferente daquele vivido por Rapace, pois ela é uma vilã e ele é um funcionário do governo que quer descobrir o que está acontecendo com o universo mágico retratado no filme. Ele afirma que seu personagem Kandomere utiliza os privilégios e “poderes” élficos para o bem, pois tem uma responsabilidade.

Ele também falou sobre a magia aqui:

“Ao contrário do que é visto em outros filmes, em Bright a magia é retratada como sendo algo perigoso. Isso porque no universo que Ayer criou, ela é capaz de trazer o melhor e o pior nas pessoas, mudando tudo, já que tudo que você deseja pode ser trazido à realidade através da magia. Então é muito perigoso que a magia caia nas mãos erradas, por isso tentamos contê-la a qualquer custo na história”.

Rapace também falou sobre o quão arriscado foi fazer o projeto:

“Olha, Bright é um projeto arriscado, mas eu nunca na minha vida participei de um projeto que não fosse assim. Eu sempre participei de filmes que lidam com a sanidade e a insanidade e nesse eu era uma elfa, com orelhas e maquiagem de elfo, lentes de contato etc., então em determinando momento eu ficava morrendo de medo de ter que atuar com tudo isso e me perder, sabe? Parecia que eu estava disfarçada e levou uma semana para conseguir esquecer que eu estava debaixo de tudo isso”.

Ramírez completou:

“Era exatamente isso que David queria: eliminar toda a nossa humanidade ao nos transformar em elfos com as lentes, os dentes etc. Era enlouquecedor! A gente ouvia hip-hop o tempo inteiro, foi um período bastante louco”!

Os dois também falaram sobre como é trabalhar com Will Smith, o astro de Bright:

“Tivemos uma cena de luta num lugar muito estreito e tanto eu quanto o Will quisemos fazer nós mesmos e conseguimos fazer tudo de uma vez só! Ele me ajudou muito nessa sequência, especialmente quando eu caí e ele foi incrível e certificou que não ia acontecer de novo.”

Ramírez também falou sobre o formato de disponibilizar o filme, que chega direto pela Netflix:

“Se esse filme der certo, vai mudar muita coisa. Vai ser concorrência séria com os estúdios tradicionais, porque hoje a Netflix leva alguns anos para poder exibir filmes blockbusters como Esquadrão Suicida etc. e por isso ela disse ‘vamos fazer o nosso próprio blockbuster’. Eles têm um filme de calibre pesado que vai direto para o consumidor, isso é muito animador!”

Brightleia a nossa crítica está disponível na Netflix, .

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