Os Anéis de Poder é um espetáculo grandioso e sem precedentes na TV
Nunca houve nada na TV remotamente parecido com o que Os Anéis de Poder trará a partir de hoje (01/09) na tela do Prime Video, nem mesmo The Crown, Game of Thrones ou seu spin-off House of the Dragon em termos de escala de produção. O prelúdio de O Hobbit e O Senhor dos Aneis custou absurdos 500 milhões de dólares (por 8 episódios) e cada centavo deste orçamento multimilionário está presente em cada frame. É uma produção grandiosa e imponente em todos os sentidos e é só uma pena que não poderá ser vista em uma tela de cinema.
Nos dois primeiros episódios disponibilizados pela plataforma de streaming ao Ligado em Série, estamos de volta à Terra-Média em sua Segunda Era, milhares de anos antes da Sociedade do Anel ser formada, e logo após os Elfos vencerem uma longa e custosa batalha contra o exército e as forças do maligno Sauron, que fora aparentemente derrotado. Porém, mesmo anos após livres deste mau e tendo o Rei Élfico declarado a paz, a jovem Galadriel (Morfydd Clark) segue firme vasculhando o continente em busca de resquícios do grande algoz.
Enquanto isso, somos apresentados a um grupo novo de personagens, incluindo outros Elfos, Homens, Anãos (é assim que se escreve mesmo) e Pés-Peludos, uma espécie de Hobbits ciganos, que estão espalhados pela Terra-Média vivendo suas vidas até que indícios de uma nova (?) presença maligna começam a surgir de forma pontual, mas preocupante, inclusive com o reaparecimento dos temidos Orques.
Não é forçoso inferir que, sim, Sauron está se fortalecendo e ensaia seu retorno, o que levará a este grupo de personagens inevitavelmente se unir para forjar os anéis de poder que dão nome à produção e que, milhares de anos depois, culminarão nas histórias que já conhecemos da Terceira Era.
Ainda que o futuro seja “sabido”, Os Anéis de Poder traz consigo elementos narrativos fortes e surpreendentes, com direito a cliffhangers entre os capítulos e jornadas individuais poderosas, como a do casal elfo-humano Arondir (Ismael Cruz Córdova) e Nori (Markella Kavenagh), e de um ser bem “Estranho” que chega dos céus (e que os fãs da franquia devem rapidamente descobrir de quem se trata).
Como disse, a produção é impecável, imensa em termos de escopo, com destaque às recriações de grandes cenários da Terra-Média por meio de locações trabalhadas e set extensios digitais, em especial as cavernas dos Anãos. Os efeitos visuais são surpreendentes e as sequências de ação (pelo menos aquelas vistas nos dois primeiros capítulos) são irrepreensíveis. Felizmente, ainda, os realizadores J.D. Payne e Patrick McKay, com a direção firme e segura de J.A. Bayona, jamais buscam emular os filmes de Peter Jackson, apresentando uma ambientação bem mais sisuda, granulada e que se assemelha mais àquela de Game of Thrones (guardada as devidas proporções).
Independente de pra onde a série vai se desenvolver, o Prime Video alcança com Os Anéis de Poder um feito histórico, não apenas pela quantidade de dinheiro despejada pela empresa de Jeff Bezos, mas por fazer por merecer ser a nova casa dos fãs do rico e vasto universo de Tolkien.
Os Anéis de Poder será exibida toda sexta à 01h no Prime Video, com a estreia especial nesta quinta (01/09) às 22h.
Sinopse oficial: O Senhor dos Anéis: Os Anéis de Poder, do Prime Video, traz às telas pela primeira vez os heróis da lendária Segunda Era da história da Terra-média. Essa aventura épica se passa milhares de anos antes dos eventos de O Hobbit e O Senhor dos Anéis, de J.R.R.Tolkien, e levará os espectadores de volta a uma era em que grandes poderes foram forjados, reinos ascenderam à glória e caíram em ruínas, heróis improváveis foram testados, a esperança se segurou pelo mais fino dos fios, e que um dos maiores vilões que já fluíram da caneta de Tolkien ameaçou cobrir o mundo todo de escuridão.
Começando em uma época de relativa paz, a série segue um elenco de personagens, tanto familiares quanto novos, enquanto eles enfrentam o temido ressurgimento do mal na Terra-média. Das profundezas mais escuras das Montanhas Sombrias, às majestosas florestas da capital élfica de Lindon, ao deslumbrante reino insular de Númenor, aos confins do mapa, esses reinos e personagens irão esculpir legados que viverão muito tempo depois que eles se forem.