[com spoilers do episódio 1×03] Após copular com o fracasso total em Selina Kyle, Gotham decidiu tentar sair dessa vida vergonhosa e colocar algumas coisas nos trilhos. E a boa notícia é que, em The Balloonman, a série mostra melhoras significativas em termos de estrutura, desenvolvimento da trama, montagem e até mesmo na quantidade de travellings dos prédios. A má notícia é que isso não é o suficiente, pois continua ridícula em diversos aspectos, trabalhando com personagens tão vazias quanto um saco de Ruffles e enfiando goela abaixo explicações detalhadas sobre tudo.
De cara The Balloonman já traz o que deve ser o primeiro rompante criativo da série: o matador do balão, que dá um ar inusitado e misterioso aos assassinatos para que ele não surja só como “o caso da semana”. E aqui Gotham se preocupa em mostrar Gordon e Bullock indo atrás do sujeito, recolhendo pistas, informações, trabalhando para impedir que mais gente morra de balão, o que a) confere mais credibilidade à trama e b) acerta o ritmo da brincadeira, que ganha mais dinâmica com as (aceitáveis) cenas de ação bem distribuídas. Além disso, o episódio consegue fazer a história crescer, transformando a aparente cômica situação dos balões em uma ameaça sólida, procupante. É uma história mais bem pensada e estruturada, que amplia suas ações para expandir a atmosfera da cidade (a ideia de um vigilante é apresentada e o povo a apoia) e, pasmem, consegue até ter boas sacadas com relação à marcação de cena e montagem (quando os detetives da Major Crimes mantém as pessoas entre eles durante uma conversa, mostrando que estão fechando o cerco).
Por outro lado, Gotham continua ignorando completamente a sutileza e qualquer conceito minimamente relacionado à ela. Quando o Pinguim desce do ônibus, vê nada menos que dois assaltos e uma extorsão de dinheiro em questão de segundos. Quando Danzer aparece, ele já escancara sua corrupção (“o juiz, o promotor, não me importo, pague a eles o que for preciso“) e sua malignidade (dizendo que não se importa com a pensão dos idosos) – assim como Cranston, retratado de forma tão estúpida que sempre que aparece em cena está cometendo um crime (e fiquei surpreso de não ver ele tirando o doce de uma criança). Quando os policiais são cobrados, é por uma capitã em eterna TPM que vomita reclamação mesmo após os caras descobrirem o assassino. A série não sabe dosar os elementos relacionados à corrupção e acaba se transformando quase em uma sátira involuntária, causando exatamente o efeito contrário ao que se propõe.
E claro, continuam os diálogos escritos em neon para ter certeza que tudo fique o mais claro e cristalino possível: temos o clássico momento onde Gotham espera dois minutos para repetir uma informação (que Danzer era corrupto e aguardava julgamento); o assassino falando “haverá mais gente como eu” (porque de que outra forma associaríamos um vigilante ao Batman, certo?); a implosão da boa pista-recompensa com a fome de Bruce ao colocar Alfred pedindo para ele comer durante a reportagem sobre o vigilante (o que faz o espectador antecipar o que vai acontecer) e a repórter literalmente falando “e agora quem vai defender o povo de Gotham?“; e a aniquilação nuclear da melhor fala do episódio quando vemos Gordon explicando a Barbara o significado das palavras que o Balloonman lhe disse.
Aliás, Barbara nada mais é do que um veículo para explicar as coisas para o espectador, tendo absolutamente nenhuma relevância dramática para nada em nenhum lugar do universo inteiro. Aliás, com exceção de Falcone e Pinguim, as personagens da série se mostram cada vez menos interessantes, ficando fadadas a apenas repetir aquilo que as define, seja o bom mocismo de Gordon, a ambição dissimulada de Fish ou a falta de ética e irritação de Bullock (uma das personagens mais caricaturais e mal escritas que tive o desprazer de assistir na televisão). Gotham melhorou, mas precisa urgentemente trabalhar seu universo de pessoas para que o público possa se envolver com elas, torcer por elas, investir emocionalmente nelas. Não dá para viver sempre da expectativa pelo Batman.
Eu nem chegaria a dizer que melhorou. Na realidade achei o segundo episódio ruim e agora o terceiro foi no mesmo nível que o primeiro. Para monótona a série não serve mas temo que caia no previsível. A atuação do Ben Mackenzi ainda me deixa na dúvida porque tem horas que é boa mas tem horas que é péssima! Já a Jada Pinkett Smith está muito bem como Fish. Poderiam aproveitar que criaram a personagem só para essa série para fazer dela uma vilã um pouquinho mais cerebral e não só mais uma que é má porque é má e pronto. Talvez contando mais o passado dela, mostrando seus pontos fracos, como ela chegou onde está hoje… 3 episódios e para mim ainda tá faltando contextualizar mais as origens e os propósitos dos vilões na série. Achei que isso estava acontecendo com o Pinguim mas tá indo beeeeem devagar. Quanto aos diálogos em neon, podem ser irritantes. Não sei se estão fazendo isso para atrair um publico mais jovem ou acham mesmo que é necessário entregar tudo mastigadinho. Fato é que se fosse só esse o problema, não estaríamos aqui escrevendo críticas tão longas. Aproveitando o embalo… E agora, quem vai salvar Gotham?
Rapaz, quanta amargura com a série.
Desculpe a chatice, mas estou numa cruzada pelo FIM da tradução de “vigilante” para “vigilante”. JUSTICEIRO!
Nossa como escreve merda… a série é foda.
Pseudo critico de bosta
Cara, eu não acho que você esteja errado, mas tipo… Parece que você está querendo uma qualidade Sopranos/Breaking Bad na série, coisa que você não vai encontrar.
Sim, Gotham não é sútil, possuí diálogos totalmente didáticos e etc, mas ainda assim eu acho que tá representando bem o universo do Batman. A série parou de ficar jogando tantas referências na cara como o piloto fez e os atores são bons, apesar dos personagens serem unidimensionais.
E eu não tô bem defendendo a série porque também não é a minha favorita da fall (Essa fica pra Transparent), mas tente assistir com mente aberta. Eu tô vendo e tô me divertindo bastante porque eu assisto sem esperar muita coisa. Achei tanto o plot do balão como o tenente tão idiotas que conseguiu me entreter. Enfim, pense nisso. =)
nem perco meu tempo lendo esses reviews esdrúxulos feito por uma criança mimada
Essa Barbara realmente está sendo bem inútil! UAuAHuA
Realmente não dá para comparar com uma Breaking Bad… mas nem por isso ela é esse lixo que a crítica descreve! xD
A Fox para salvar Gotham deveria trazer Nic Pizzolatto para 2a temporada!
Caia fora desse Titanic enquanto ainda tem tempo, amigo! :P
kkkkkk se fosse te procurar não ia achar.
Amigo, sinto te informar mas Gotham é bom demais!!! Não liga pra essa resenha rancorosa não. Deve estar triste por agents of shit estar despencando ladeira abaixo.