sexta-feira, abril 19 2024

No último dia (30) a atriz Maddeline Brewer (Orange is the New BlackHemlock Grove) veio ao Brasil para divulgar a 2ª temporada da série The Handmaid’s Tale, em exibição todos os domingos às 21h no Paramount Channel. A boa novidade é que agora os episódios também ficarão disponíveis na plataforma NOW da NET/Claro no dia seguinte ao da exibição e com áudio original e legendas (a 1ª temporada inteira também está lá). Na coletiva, a tímida atriz contou um poucos dos bastidores, falou do movimento #MeToo, que eclodiu no meio das gravações do 2º ano, e celebrou o poder da sororidade feminina.

No primeiro episódio da nova leva, intitulado June, a série mostrou cenas ainda mais perturbadoras do que aquelas vistas na primeira temporada, incluindo uma envolvendo a tortura física e psicológica das Aias em um estádio. Brewer comentou sobre as críticas que a série recebeu pela forma com que a violência contra a mulher é exibida:

“Esta [2ª] temporada é realmente mais sombria, mais difícil de ver, porém mais poderosa. Os realizadores não queriam que a câmera desviasse destes momentos difíceis, pois eles existem na vida real e uma das características da atração é a de provocar e instigar o público à discussão.”

Questionei a atriz sobre como é feita a preparação do elenco, tanto da parte das Aias agredidas, como da parte dos atores que interpretam os agressores, como Yvone Strahovski, Joseph Fiennes e Ann Dowd:

“Há muita preparação no set de filmagens. Acredito que [os atores que perpetuam a violência na série] são orientados e treinados pelo diretor e roteiro a pensar que, ainda que estejam cometendo atos reprováveis, eles realmente acreditam – no âmago de seus personagens – que estão fazendo algo bom segundo aquilo o que acreditam. Isso é interessante na série, onde os personagens, especialmente os agressores, não são (ou não acham que são) pessoas más. Cada um luta pelo aquilo que acredita e cabe ao público decidir quem é bom ou mau na história. Eu quero acreditar que [as Aias] são o lado bom.”

Pra ela, a série também tem elementos leves que contrapõem o tom pesado extraído da obra de Margaret Atwood:

“Existem momentos de mais leveza na série também, especialmente com Janine. A personagem que interpreto traz um pouco de luz e ingenuidade nesta 2ª temporada, onde ela está mais otimista do que antes. Até  nos piores momentos, acho que The Handmaid’s Tale traz uma ideia de esperança, de que todos – especialmente as mulheres unidas em sororidade – devem perseverar”.

Madeline Brewer conta que foi The Handmaid’s Tale que fez com que ela trouxesse a público sua história pessoal de assédio quando gravava a 2ª temporada e o movimento #MeToo eclodiu em Hollywood, fazendo com que atores e atrizes relatassem os casos de abuso que sempre ocorreram neste e em vários outros meios. Para ela, a série tem esse poder por lidar com questões políticas e sociais que são muito comuns no mundo todo, não apenas nos EUA.

Questionada sobre os rumos da 2ª temporada, que avançará a história além do livro que deu origem à atração, Maddie rebate:

Existem muitos elementos e histórias do livro que não foram abordados nesta 2ª temporada, mas mesmo assim teremos novidades, só que sempre mantendo a aura da obra original, tanto que a autora [do romance distópico] também está envolvida nos roteiros. Os escritores certamente estão informados sobre o que anda acontecendo no mundo e isso será, de uma forma ou de outra, refletido na 2ª temporada da série”.

Por fim, Maddie celebrou a indicação da atriz Elisabeth Moss e da série como melhor drama no Emmy 2018 e está confiante:

“No momento nós somos os detentores do título [de melhor série] no Emmy e espero que consigamos trazer a vitória pra casa mais uma vez. Ganhando ou não, estou muito orgulhosa de fazer parte desta produção que virou um movimento cultural tão forte e só por isso, já me sinto muito honrada. Mas vamos ganhar de novo!”

The Handmaid’s Tale é exibida todo domingo às 21h no Paramount Channel, com reprises online no NOW da NET/Claro.

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